Bitcoin beira pior desempenho no 1º trimestre desde 2020 — mas analistas preveem recuperação no 2º

O Bitcoin teve um início promissor no ano, mas os ‘tarifaços’ Trump afetaram seu preço
Conceito de crise bitcoin com símbolo bitcoin em fundo vermelho

Shutterstock

O Bitcoin está prestes a registrar o pior desempenho no primeiro trimestre em cinco anos, enquanto os mercados de criptomoedas absorvem a volatilidade macroeconômica causada pelas tarifas de Trump, à medida que se aproxima o segundo trimestre de 2025.

De acordo com dados da CoinGlass, a maior criptomoeda do mundo registrou uma queda superior a 7% no primeiro trimestre, em contraste com a queda de quase 11% do Bitcoin no mesmo período de 2020.

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Isso porque o Bitcoin teve um início promissor no ano, alcançando uma alta histórica de US$ 108.786 em janeiro, impulsionado pelo otimismo nos mercados devido ao retorno de Trump à presidência.

O entusiasmo inicial foi breve, já que, após Trump assumir o cargo em 20 de janeiro, suas políticas econômicas e tarifas afetaram o mercado, fazendo o preço do Bitcoin cair 30%, para a casa dos US$ 76 mil.

Apesar da volatilidade recente, comentou o site The Block, a cofundadora da 21st Capital, Sina G., previu a flexibilização quantitativa dos EUA e presumiu que uma reversão pode estar chegando, já que a maioria das atualizações pessimistas já estão precificadas.

Segundo Sina G, dentro de um trimestre ou menos, a incerteza em torno de tarifas e gastos do governo provavelmente será resolvida. Ela acrescenta que o foco então mudará para cortes de impostos, desregulamentação e cortes de taxas, o que pode alimentar entradas de capital para Bitcoin e ativos digitais.

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Para a analista Nansen, Aurelie Barthere, descreve a publicação, há uma probabilidade razoável o pico da incerteza tarifária já tenha passado, notavelmente porque a administração Trump está adotando um tom mais pragmático em relação às tarifas. Contudo, ela afirmou que não seria surpresa ocorrer mais volatilidade após iniciativas da Casa Branca.

A volatilidade do Bitcoin no segundo trimestre é incerta, mas historicamente o BTC tem registrado aumentos médios de 27%, com ganhos em pelo menos sete dos últimos 13 anos. Isso sugere que o Bitcoin tem potencial de valorização, apesar das flutuações.

A criação de uma reserva de Bitcoin nos EUA e as regulamentações sobre stablecoins podem impulsionar o mercado e aumentar a liquidez. Bo Hines, do Presidential Working Group on Digital Assets, afirmou que as regulamentações de stablecoin podem ser discutidas com o presidente Trump até junho, o que pode trazer mais clareza e estabilidade ao mercado.

O Standard Chartered prevê que o preço do BTC pode atingir US$ 500 mil, impulsionado pela proposta de uma reserva de Bitcoin. Além disso, Rushi Manche, da Movement Labs, acredita que as flutuações observadas no primeiro trimestre (Q1) são temporárias, e que uma recuperação no segundo trimestres é possível, devido a uma mudança na política monetária do Federal Reserve.