O preço do Bitcoin superou os US$ 48 mil na madrugada desta terça-feira (09), registrando uma nova máxima histórica. Sua capitalização de mercado está atualmente em cerca de US$ 855 bilhões. No Brasil, o BTC também opera na máxima histórica e já é negociado acima dos R$ 250 mil.
O movimento recente de alta teve início na segunda feira (08), quando documentos enviados à SEC (CVM Americana), informavam que a Tesla havia adquirido US$ 1,5 bilhão em bitcoin.
No início da manhã, o Bitcoin estava sendo vendido por cerca de US$ 39.000, cerca de US$ 3.000 abaixo de seu recorde anterior. Então veio a notícia e, dentro de uma hora, o preço disparou US$ 5.000, batendo US$ 44 mil. Depois de estagnar por algumas horas, continuou subindo, atingindo barreiras nunca antes vistas de US$ 44.000, US$ 45.000, US$ 46.000 US$ 47.000 até superar os US$ 48.000 durante a madrugada.
A Tesla não é a primeira empresa a alocar capital no Bitcoin. A MicroStrategy, uma empresa de bussiness inteligence liderada por Michael Saylor, gastou US$ 1,15 bilhão para comprar Bitcoin, até mesmo vendendo título de dívida para comprar mais ativos digitais. No preço atual, seus 71.079 BTC valem cerca de US$ 3,2 bilhões.
A estratégia agressiva da MicroStrategy foi creditada por ajudar a impulsionar a alta do Bitcoin do final de 2020 até agora, abrindo caminho para outras empresas. A Square, empresa de pagamentos administrada pelo CEO do Twitter, Jack Dorsey, por exemplo, comprou 4.709 Bitcoin por US$ 50 milhões no início de outubro, quando a moeda custava cerca de US$ 10.600. O preço do Bitcoin mais que quadruplicou desde então.
“A Tesla reduziu o risco da aquisição de #bitcoin por empresas públicas e acelerou a transformação digital dos balanços corporativos. Os tesoureiros agora estão pensando em como converter um ativo fraco em um ativo de melhor desempenho.”, disse Saylor no Twitter ao comentar a aquisição da Tesla.
A Tesla, por outro lado, comprou perto do pico do mercado – um sinal de confiança de que ainda há muito espaço para subir, especialmente se as empresas de grande capitalização seguirem seu exemplo.
Eles podem estar considerando isso. Um analista da RBC Capital Markets, a ala de investimentos do Royal Bank of Canada, sugeriu hoje que a Apple deveria comprar criptomoeda e mantê-la em reserva enquanto desenvolve sua Apple Wallet em uma bolsa que pode competir com a Coinbase.
Mitch Steves escreveu que um investimento de US$ 1 bilhão da Apple seria menos de uma semana de fluxo de caixa, o suficiente para alavancar uma carteira e uma exchange.
“A iniciativa da carteira parece ser uma oportunidade óbvia de bilhões de dólares para a empresa (potencial para mais de US$ 40 bilhões em receita anual com P&D limitado)”, escreveu ele, conforme relatado pela Bloomberg.
E não são apenas empresas. O prefeito de Miami, Francis Suarez, que quer fazer da cidade da Flórida um centro global de criptomoedas e anunciou nesta manhã que está trabalhando em uma resolução para investir fundos municipais em Bitcoin.
Ele planeja se reunir com a comissão municipal na quinta-feira para “fazer a bola rolar”.