Bitcoin atingirá US$ 500 mil antes de Trump deixar o cargo, diz Standard Chartered

Standard Chartered acredita que o Bitcoin ainda tem espaço para crescer devido ao aumento do acesso dos investidores após chegada dos ETFs
Dois aviões riscam com fumaça para cima o B de bitcoin

Foto: Shutterstock

O banco multinacional britânico Standard Chartered prevê que o Bitcoin (BTC) atingirá US$ 500 mil antes de Donald Trump deixar o cargo de presidente dos Estados Unidos. Segundo o banco, esse aumento de preço será impulsionado por um ambiente regulatório mais favorável e maior acesso ao ativo.

O Standard Chartered acredita que o Bitcoin alcançará US$ 200 mil em 2025, aumentando gradualmente para US$ 300 mil em 2026, US$ 400 mil em 2027 e, finalmente, US$ 500 mil em 2028 — quando o banco prevê que o BTC atingirá um platô no ano seguinte.

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Atualmente, o Bitcoin está cotado a US$ 98.600, um aumento de 43% em relação ao seu preço de US$ 68.800 antes da vitória eleitoral de Trump em novembro. A previsão do Standard Chartered de US$ 500 mil representaria um aumento de 407% em relação a esse valor.

Nesse cenário, o Bitcoin teria uma capitalização de mercado de US$ 10,5 trilhões, possivelmente ultrapassando a Apple e a Microsoft. A esse preço, também corresponderia a aproximadamente metade da atual capitalização de mercado do ouro, que é de US$ 19,4 trilhões.

O principal motivo pelo qual o Standard Chartered acredita que o Bitcoin ainda tem espaço para crescer é o aumento do acesso dos investidores após a introdução, em janeiro de 2024, dos fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista nos Estados Unidos.

“Os ETFs atraíram um fluxo líquido de US$ 39 bilhões até agora, apoiando a teoria de que a demanda reprimida está sendo liberada com o aumento do acesso”, escreveu Geoff Kendrick, chefe global de Pesquisa de Ativos Digitais do Standard Chartered, em um comunicado.

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Kendrick acrescenta que o ambiente regulatório dos EUA está se tornando mais favorável, destacando a revogação do Boletim de Contabilidade para Funcionários (SAB) nº 121 — orientação que exigia que as empresas registrassem ativos digitais como passivos — como um “passo importante” para o setor.

“A ordem de Trump, em 23 de janeiro, para que o governo avaliasse um possível estoque nacional de ativos digitais também é relevante, pois isso pode incentivar outros bancos centrais a considerar investimentos em Bitcoin”, acrescentou Kendrick.

Se isso começar a se concretizar, o Standard Chartered explica que a notória volatilidade do Bitcoin diminuirá, o que atrairá investidores tradicionais que antes temiam as oscilações de preço.

“À medida que a volatilidade cai, a participação do Bitcoin em um portfólio otimizado de dois ativos, junto com o ouro, aumenta”, disse Kendrick. “O acesso dos investidores e a menor volatilidade devem levar à valorização do preço a longo prazo, à medida que os portfólios continuam a se mover para seu estado ideal/lógico.”

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.