A maior exchange de criptomoedas do mundo recentemente movimentou bilhões de dólares de seu próprio Bitcoin — levando alguns a pensar que estava retirando quantidades gigantescas da criptomoeda.
A Binance movimentou mais de US$ 5 bilhões na maior criptomoeda desde segunda-feira (8), representando quase 30% do saldo líquido da reserva BTC da empresa.
Dados da Coinglass mostram que mais de 183.080 BTCs saíram da exchange em 24 horas, levando alguns especialistas a comentar sobre os movimentos “incomuns” — e assustando outros.
Os movimentos ocorreram logo após a Binance pausar temporariamente as retiradas do BTC em sua plataforma. Mas a Binance disse mais tarde que as transferências não eram nada para se preocupar.
“Estamos cientes de que alguns dados estão mostrando um grande volume de saídas da Binance”, disse a exchange no Twitter. “Estas ‘retiradas’ [sic] são, na verdade, movimentos entre carteiras quentes e frias da Binance devido aos ajustes de endereço do BTC.”
Um porta-voz da Binance disse ao Decrypt que os movimentos não eram motivo de preocupação, apontando para um tweet do chefe de pesquisa da CryptoQuant, Julio Moreno, que disse que os movimentos se resumiam a “endereços de mudança recém-criados” de propriedade da exchange.
Como a maior exchange de ativos digitais do mundo, os usuários ficam de olho nas grandes transações da Binance. Tais movimentos podem muitas vezes ser interpretados como sinais de confiança dos investidores na empresa — ou a falta dela.
Bilhões de dólares em criptomoedas saíram da Binance em dezembro em um período de 24 horas, por exemplo, levando alguns a especular se suas reservas estavam seguras. O CEO da Binance, Changpeng ‘CZ’ Zhao, disse na época que as retiradas eram “completamente normais.”
E bilhões saíram da exchange no mês passado depois que a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC) entrou com uma ação judicial por supostamente violar as regras de negociação e derivativos.
CZ ignorou as retiradas no Twitter como algo “pequeno e comum.”
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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