Mão segurando celular com logo da Toncoin e no fundo ícones do Telegram
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A The Open Network (TON), inicialmente desenvolvida pelos irmãos Pavel e Nikolai Durov, ficou indisponível na noite de terça-feira (27), com usuários atentos informando que o protocolo havia parado de processar transações.

A blockchain, anteriormente associada à plataforma de mensagens Telegram, não produziu nenhum bloco novo por sete horas, de acordo com o explorador de Tonscan. Na manhã desta quarta-feira (28), a rede voltou a produzir blocos.

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Postando em sua conta X, a TON confirmou “uma interrupção na produção de blocos em sua rede”, acrescentando que o problema está ocorrendo “devido à carga anormal”.

“Diversos validadores não conseguem limpar o banco de dados de transações antigas, o que levou à perda do consenso”, disse.

Os validadores estão correndo para reiniciar seus Nós e software após uma chamada da equipe de desenvolvimento da rede, TON Core, para restabelecer o consenso.

O Decrypt confirmou que a Binance e a Bybit suspenderam os depósitos e saques de e para a rede.

Um representante da rede não retornou imediatamente um pedido de comentário.

A Tonscan mencionou no X na terça-feira que o lançamento da memecoin $DOGS estava “causando bastante tráfego” na rede “com alguns serviços centrais fazendo uma pequena pausa”.

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Durov, juntamente com seu irmão Nikolai, revelou a blockchain de primeira camada em 2018 por meio de um whitepaper no Telegram. Isso foi seguido pela oferta inicial de moedas do projeto – a segunda maior da história – de seu token Gram.

Posteriormente, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) suspendeu o projeto, considerando sua oferta de token Gram como títulos não registrados.

Depois que o Telegram se retirou em 2020, os desenvolvedores da comunidade continuaram o projeto, lançando a rede atual liderada por Anatoliy Makosov e Kirill Emelianenko.

Durov foi preso em Paris no sábado (24), enfrentando acusações de facilitar transações ilegais, recusar-se a cooperar com a aplicação da lei e permitir que pornografia infantil, distribuição de drogas, fraude organizada, lavagem de dinheiro e atividades cripto ilegais não fossem controladas no Telegram.

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Apesar de ter se distanciado do projeto nos últimos anos, o Telegram começou a abraçá-lo novamente, inclusive pagando aos proprietários de canais uma parte da receita de anúncios via Toncoin (TON) – o token nativo da rede.

Em agosto, o Telegram introduziu um recurso que permite que os criadores de conteúdo ganhem criptomoedas por meio da moeda no aplicativo “Stars”, que pode ser convertida em TON ou usada para pagamentos de publicidade.

O preço do TON permaneceu ligeiramente inalterado na terça-feira, embora tenha caído mais de 20% desde que Durov foi preso.

A base de usuários do Telegram ultrapassou 950 milhões em julho, de acordo com Durov, impulsionada por um aumento de usuários atraídos por jogos baseados em cripto oferecidos por meio de “miniaplicativos” integrados na plataforma.

O mais popular, Hamster Kombat, supostamente acumulou mais de 300 milhões de jogadores nos últimos meses, antes de seu próximo lançamento de token e do airdrop.

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*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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