Bilionários querem criar a utopia das criptomoedas em Porto Rico

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Dezenas de empreendedores que enriqueceram com tecnologias de blockchain e criptomoedas estão abandonando a vida nos Estados Unidos e indo para Porto Rico.

De acordo com o jornal The New York Times, eles rumam para ilha caribenha, um território associado aos EUA, não só para se livrar de impostos e regulações do país natal, mas com o desejo de criar uma cripto-utopia. Um lugar que servirá para provar o potencial das moedas digitais para mudar o mundo.

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Momento certo

O momento não poderia ser melhor. Em setembro, quando o preço do bitcoin disparava, Porto Rico era atingido por um furacão que destruiu sua infra-estrutura. Os criptobilionários estão prontos exatamente para comprar terras e ajudar na reconstrução.

“O que aconteceu aqui foi uma tempestade perfeita”, disse ao New York Times Halsey Minor, que vai transferir sua empresa de blockchain chamada Videocoin das Ilhas Cayman para Porto Rico.

O território tem benefícios adicionais: não tem imposto de renda nem taxas sobre ganhos de capital. Além disso, há um ambiente favorável para negócios, o governo local parece simpático à iniciativa e não é preciso renunciar à cidadania americana.

Fumaça na Utopia

Vários nomes famosos do segmento já mudaram para Porto Rico. Reeve Collins, o co-fundador da Tether cujos tokens valem cerca de 2 bilhões de dólares, saiu de Santa Monica, na Califórnia, para viver a utopia na ilha caribenha. “Eu não quero pagar impostos”, disse Collins ao jornal americano. “Pela primeira vez na história da humanidade, além de reis, governos e deuses, uma pessoa pode criar o próprio dinheiro”.

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Ao contrário das utopias, porém, a vida real vem sempre embalada por problemas. O movimento já provoca críticas dos moradores da ilha, que não querem que o local se torne um parque de diversões para americanos ricos. Um problema adicional é que Porto Rico ainda sofre com constantes faltas de luz — fica mais difícil minerar um sonho sem energia elétrica.