O Banco Central Europeu (BCE) começou essa semana com o olhar atento às moedas criptografadas. Na última segunda-feira, dois de seus membros deixaram claro que querem maior controle sobre os criptoativos como Bitcoin.
Benoît Cœuré, membro do Conselho Executivo do BCE, declarou em Genebra que os bancos centrais deveriam emitir “suas próprias moedas digitais” as quais seriam chamadas de “reservas universais”, o que já demonstra que o Banco Central Europeu visa regular as criptomoedas.
Enquanto o tom de Cœuré é voltado para a possibilidade de regulação, Yves Mersch, membro do conselho do BCE, vai além e cobra dos bancos maior controle sobre suas transações com moedas criptografadas.
Segundo informações da Reuters, Mersch afirmou numa conferência na Túrquia que caberia aos emissores de criptomoedas e de tokens estabelecer uma regulamentação. Ele acredita que isso se faz necessário tendo em vista que moedas criptografadas não se qualificam como dinheiro.
O mesmo se aplica a respeito das bolsas e de qualquer banco ou da câmara de compensação envolvidos na transação dos criptoativos.
“Devido à alta volatilidade das ‘moedas virtuais’, pode parecer apropriado exigir que qualquer negociação de capital de risco seja apoiada por níveis adequados de capital e segregada de outras atividades de negociação e investimento”, afirmou Mersch.
Com uma capitalização de US$ 432 bilhões em seu pico no início de 2018 — antes de uma queda acentuada no preço do Bitcoin —, as criptomoedas, segundo Mersch, possuem um mercado pequeno demais para comprometer a estabilidade financeira.
O membro do conselho do Banco Central Europeu, contudo, alerta que as moedas criptografadas podem representar um risco caso o cenário mude e elas passem a ser usadas como garantia para empréstimos bancários ou para liquidar negócios em uma câmara de compensação.
Olho na regulação
Essa preocupação sobre a criptomoeda parece se estender a outros membros do Banco Central Europeu. No mesmo dia da declaração feita por Yves Mersch, Benoît Cœuré, membro do Conselho Executivo do BCE, deixou clara a vontade de trazer para os bancos centrais da zona do euro a regulação das criptomoedas.
“Com a moda recente sobre ‘criptoativos’, lançada peo Bitcoin, surgiu a ideia de que os bancos centrais emitissem suas próprias moedas digitais — vamos chamá-las de ‘reservas universais’ — que permitiriam a todos deter passivos do banco central na forma de ambos notas e moedas, bem como reservas do banco central eletrônico”, relatou Cœuré no Centro Internacional de Estudos Monetários e Bancários de Genebra.
Essa hipótese de os bancos centrais emitirem suas próprias criptomoedas, explica Cœuré, surgiu a partir de um relatório de Genebra, o qual tinha como tema “O desenvolvimento de tokens digitais privados baseados na tecnologia blockchain”.
“Embora o relatório de Genebra se concentre no impacto do blockchain sobre as finanças, considerarei o potencial impacto mais amplo sobre a economia dos bancos centrais que emitem novas formas de dinheiro”, relata.
Se depender dos bancos da zona do euro, o mercado de moedas criptografadas não irá crescer tanto. Essas instituições, que são supervisionadas pelo BCE, têm até agora evitado as criptomoedas.
O cenário, entretanto, é bem diferente daquele nos Estados Unidos, tendo em vista que a bolsa de Nova Iorque vai criar uma plataforma para operações com Bitcoins e que o Goldman Sachs já até anunciou que abrirá uma operação comercial com a criptomoeda este ano.
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