Imagem da matéria: Banco Central atualiza regimento interno e inclui regulação de criptoativos
Banco Central do Brasil (Foto: Shutterstock)

O Banco Central atualizou na quinta-feira (27) o seu regimento interno, e, entre outras modificações, incluiu trechos sobre criptoativos, já que, de acordo com o Marco Cripto aprovado em 2022, o BC é o órgão responsável pela regulação do setor.

Uma das atualizações define que o Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) se torna responsável dentro do BC pela “regulamentação da prestação de serviços de ativos virtuais, bem como das prestadoras de serviços de ativos virtuais”, segundo o novo texto do artigo 117.

Publicidade

Já o artigo 119, que define o papel do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial (Dereg), agora aponta que ele também terá papel relacionado ao mercado de ativos virtuais.

“[Definir] limites operacionais de capital, câmbio, alavancagem, liquidez, de exposição (a ativos virtuais, inclusive) ou de outras naturezas, incluindo aqueles que visem à mitigação de riscos sistêmicos e à redução da interconectividade e pró-ciclicidade do sistema financeiro”, diz o texto.

Dentro do mesmo artigo, o BC também definiu que o Dereg irá “definir as situações em que a prestação de serviços de ativos virtuais será incluída no mercado de câmbio ou que deverá submeter-se à regulamentação de capitais brasileiros no exterior e capitais estrangeiros no país, bem como estabelecer os requisitos para atuação dos prestadores de serviços de ativos virtuais no mercado de câmbio”.

Regulação em 2025?

No início deste mês, o diretor de Regulação do Banco Central, Otavio Damaso, afirmou que a regulamentação das exchanges de criptomoedas deve ficar pronta até o começo de 2025, com a próxima consulta pública sobre o tema sendo lançada em setembro deste ano.

Publicidade

Apesar do atraso, Damaso disse que a questão está andando bem dentro do BC: “A gente está em um processo bem avançado”.

Em maio o BC já havia anunciado os próximos passos do projeto de regulamentar o mercado cripto no Brasil, apontando que a consulta do segundo semestre seria focada em normas gerais de atuação dos prestadores de serviços no setor e no modelo autorização para atuação no segmento.

Depois, o regulador diz que irá se debruçar sobre as stablecoins, criptomoedas com lastro em moedas fiduciárias, para fazer um “planejamento interno em relação à regulamentação de stablecoins, em especial nas esferas de competência do Banco Central sobre pagamentos e o mercado de câmbio”.

Por fim, a entidade vai promover o “desenvolvimento e aperfeiçoamento do arcabouço complementar para recepcionar as entidades”.

Após a sanção da Lei 14.478, de 2022, conhecida como Marco Legal dos Criptoativos, o Poder Executivo apontou o Banco Central como órgão responsável por regularizar o mercado cripto no Brasil. Uma das prerrogativas básicas é que as empresas deverão ter licença expressa do BC para atuar no no Brasil.

  • Quer ter a chance de ganhar 1 ethereum (ETH)? Abra sua conta grátis no Mercado Bitcoin e comece a negociar o quanto antes
VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Cuidado: Falsas carteiras de criptomoedas inundam Firefox

Cuidado: Falsas carteiras de criptomoedas inundam Firefox

A campanha de malware “FoxyWallet” contou com mais de 40 extensões maliciosas que se passavam por carteiras legítimas de criptomoedas na loja do Firefox
Um monte de moedas de bitcoin em mesa em que homem mexe no celular

Minerador dá sorte e ganha R$ 1,9 milhão ao achar sozinho bloco de Bitcoin

O feito, que ocorre em meio à maior queda da dificuldade de mineração do Bitcoin em 4 anos, aconteceu na quinta-feira à noite
Imagem da matéria: Solana, XRP, Dogecoin e outros ETFs de cripto vão decolar?

Solana, XRP, Dogecoin e outros ETFs de cripto vão decolar?

Onda de ETFs que acompanham o desempenho de diferentes altcoins parece prestes a receber sinal verde dos reguladores
Imagem da matéria: Como um hacker gastou apenas R$ 15 mil para roubar R$ 800 milhões de bancos do Brasil

Como um hacker gastou apenas R$ 15 mil para roubar R$ 800 milhões de bancos do Brasil

Os hackers lavaram cerca de R$ 230 milhões dos fundos roubados usando Bitcoin, Ethereum e Tether, segundo um investigador especializado em blockchain