Avanços na IA e na robótica trarão uma “crise de significado”, diz Elon Musk

O CEO da Tesla opinou que os robôs trarão conforto e uma crise existencial humana
Foto de rosto de Elon Musk

Shutterstock

O CEO da Tesla, Elon Musk, disse que vê um futuro em que os seres humanos terão que descobrir novas maneiras de dar propósito às suas vidas, graças aos avanços da inteligência artificial e da robótica.

Durante um painel de discussão no All-In Summit 2024, organizado pelo Podcast All-In na segunda-feira (9), Musk repetiu os comentários que fez durante um bate-papo no Summit de Segurança de IA em Bletchley Park, na Inglaterra, em 2023. Ele disse que prevê um futuro em que a força de trabalho humana será uma coisa do passado.

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“Acho que a questão real, a questão mais provável, é como encontrar significado em um mundo onde a IA pode fazer tudo o que podemos fazer, mas melhor? Esse talvez seja o maior desafio”, disse Musk.

Ele destacou que o teste de Turing, que já foi uma referência para medir a convicção de que um computador poderia imitar uma conversa humana, não é mais relevante.

“Embora, neste momento, eu conheça cada vez mais pessoas aposentadas, e elas parecem gostar dessa vida, acho que talvez haja uma crise de significado, porque o computador pode fazer tudo o que você pode fazer, mas melhor”, reiterou.

Essa mudança, segundo Musk, seria auxiliada pelo desenvolvimento de carros autônomos e robôs humanoides, que poderiam aumentar infinitamente o crescimento econômico e a produtividade.

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“Se você tem robôs humanoides — quando não há limite real para o número de robôs humanoides — e eles podem operar de forma muito inteligente, então não há limite real para a economia”, disse ele. “Não há limite significativo para a economia.”

Musk disse que, com o desenvolvimento do robô Optimus na Tesla, a empresa aprendeu muito sobre como o corpo humano funciona e por que ele tem o formato que tem. Ele destacou o formato dos dedos e do polegar, que orientará os futuros desenvolvimentos do Optimus.

“A versão atual da mão do Optimus tem os atuadores na mão e tem apenas 11 graus de liberdade, portanto, não tem todos os graus de liberdade da mão humana, que tem — dependendo de como você conta — aproximadamente 25 graus de liberdade”, disse ele, acrescentando que isso limita a força que o robô pode ter.

“A próxima geração da mão do Optimus, que temos em forma de protótipo, os atuadores foram movidos para o antebraço, exatamente como um ser humano, e operam os dedos por meio de cabos, exatamente como a mão humana”, disse Musk. “A mão da próxima geração tem 22 graus de liberdade, o que acreditamos ser suficiente para fazer quase tudo o que um ser humano pode fazer.”

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IA na Tesla

Musk, juntamente com a Tesla, está em uma corrida para construir e colocar no mercado robôs humanoides de grande escala contra desenvolvedores rivais, incluindo a Figure AI, a 1X apoiada pela OpenAI, a Meta, a Nvidia e a fabricante de automóveis alemã Mercedes-Benz.

Devido ao esforço para desenvolver robôs humanoides alimentados por IA para uso doméstico e comercial, Musk disse que prevê que um dia eles superarão os humanos na proporção de dois para um.

“Acho que o número de robôs excederá em muito o número de humanos”, disse ele. “É preciso dizer: ‘Quem não gostaria de ter um amigo robô? Todo mundo quer um amigo robô.”

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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