Atleta olímpico usou Tether em esquema de tráfico de cocaína e assassinato, diz agentes federais dos EUA

Moeda de Tether apoiada sobre outras deitadas

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Agentes federais dos Estados Unidos apresentaram acusações criminais contra um snowboarder olímpico por seu suposto envolvimento em uma quadrilha de tráfico de cocaína, que usava a stablecoin Tether (USDT) como parte central de sua operação bilionária.

Uma acusação do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) apresentada na quinta-feira (17) alega que o ex-snowboarder profissional Ryan James Wedding e outros 15 réus operavam uma organização de tráfico de drogas, enviando cocaína da Colômbia através do México para os Estados Unidos e Canadá.

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As autoridades americanas alegam que a quadrilha cometeu vários assassinatos como parte de suas atividades e usou criptomoedas para tentar escapar da polícia.

“O réu Bonilla pagava aos réus Wedding e Clark por meio de um serviço de pagamento em criptomoeda Tether por dois quilos de cocaína”, diz a acusação. Ela acrescenta que códigos QR foram enviados aos transportadores de drogas para receber o pagamento em USDT.

O DOJ afirmou que apreendeu mais de US$ 3,2 milhões em criptomoedas, junto com mais de uma tonelada de cocaína, três armas de fogo, dezenas de munições e US$ 255.400 como parte da investigação.

Wedding agora está foragido, disseram as autoridades. O FBI está oferecendo uma recompensa de US$ 50 mil por informações que levem à prisão e extradição de Wedding, de 47 anos, que competiu pelo Canadá nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002 e recentemente estava morando no México.

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Sua biografia olímpica afirma que o atleta “foi condenado por tentar comprar cocaína de um agente do governo dos EUA” em 2008, e recebeu uma sentença de quatro anos de prisão.

“Conforme alegado na acusação, um atleta olímpico que se tornou traficante de drogas agora é acusado de liderar um grupo transnacional de crime organizado que se envolveu no tráfico de cocaína e assassinatos, incluindo de civis inocentes”, disse o Procurador dos Estados Unidos Martin Estrada em um comunicado.

O USDT é a terceira maior criptomoeda por valor de mercado e um dos ativos digitais mais negociados, com o segundo maior volume de negociação em 24 horas, depois do Bitcoin.

O token é importante para o ecossistema de criptomoedas porque é usado por traders para entrar e sair de negociações rapidamente e para converter criptomoedas em moeda fiduciária através de um banco tradicional.

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No entanto, a criptomoeda e a empresa que a emite são controversas: a Tether tem sido lenta em fornecer documentação que comprove que dólares americanos respaldam o USDT; os reguladores americanos questionaram o fato de que a entidade também não é auditada de forma independente.

Em 2021, a Tether concordou em não fazer mais negócios em Nova York após uma investigação de dois anos do procurador-geral do estado, que descobriu que a empresa havia “feito declarações falsas sobre o respaldo” de sua stablecoin.

No entanto, a empresa aponta rotineiramente para certificações trimestrais e relatórios de transparência como prova de sua conformidade e tem trabalhado em estreita colaboração com as autoridades para congelar fundos suspeitos de serem usados por criminosos.

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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