As 3 criptomoedas que superaram o Bitcoin no 2º trimestre

Euforia das memecoins, um ativo vinculado ao Telegram e um token que busca resolver o trilema da blockchain foram os maiores vencedores do 2º trimestre
Chuva de criptomoedas

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Depois de um começo de ano empolgante, com direito a nova máxima histórica do Bitcoin (BTC), o mercado cripto passou por meses de desânimo generalizado no segundo semestre, com a maior criptomoeda do mundo caindo cerca de 15%. Mas nem tudo teve um desempenho fraco entre abril e junho, e três tokens se destacaram com ganhos que chegaram a mais de 100%.

Considerando apenas as 100 maiores criptomoedas em valor de mercado, uma delas se destacou por fazer parte do grupo das memecoins, que tem sido um setor de grande ascensão em 2024, com a criação de mais de um milhão de tokens nos últimos meses. A brett (BRETT), porém, tem se sustentado entre as maiores do mundo.

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Brett (BRETT)

Criada na blockchain Base, da exchange Coinbase, essa memecoin é baseada no personagem Brett, da série de histórias em quadrinhos Boys’ Club, e mais do que dobrou de preço, chegando a valer US$ 0,15, segundo dados do Coingecko, ficando assim com o posto de melhor desempenho entre as maiores criptomoedas no segundo trimestre.

A BRETT iniciou sua disparada em maio, junto com uma nova alta do Bitcoin, e conseguiu atingir a marca de US$ 2 bilhões em capitalização de mercado, o que é considerado uma barreira de liquidez no mercado de memecoins.

“A marca de US$ 2 bilhões é a barreira de liquidez que muitas das memecoins estabelecidas atingiram antes que a realização de lucros e a volatilidade lateral ocorram. É claro que, para cada US$ 1 bilhão a mais a partir daí, os investidores de varejo terão muito impulso e assumirão riscos para levar essas memecoins aos níveis de DOGE e SHIB”, disse Kenny Hearn, diretor de investimentos da SwissOne Capital, ao CoinDesk.

Toncoin (TON)

Outra cripto que se destacou foi a Toncoin, nativa da The Open Network (TON) e criada pela mesma equipe por trás do aplicativo de mensagens Telegram antes de passar para o controle da comunidade. Criada para integrar a funcionalidade de criptomoeda e blockchain ao ecossistema Telegram, a TON saltou 42% entre abril e junho, cotada a US$ 7,65.

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Diversos fatores ajudaram no salto do preço da criptomoeda, entre eles a decisão do Telegram de aceitar o token para compra de publicidade e de realizar o pagamento de parte das receitas aos usuários com TON.

A atividade de rede da TON também recebeu um impulso com a integração da Tether (USDT), a maior stablecoin indexada ao dólar do mundo, e com a estreia do token digital do jogo Notcoin, baseado no Telegram.

Os endereços ativos diários da TON aumentaram para quase 600.000 em junho, ultrapassando o Ethereum no mês em questão, segundo dados da Delphi Digital.

Kaspa (KAS)

O terceiro token que se destacou no trimestre foi o Kaspa, que saltou mais de 35%, conforme a rede se torna a mais nova a tentar resolver o trilema da blockchain, ou seja, escalabilidade, descentralização e segurança.

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A blockchain de prova de trabalho da Kaspa utiliza o protocolo GHOSTDAG (Greedy Heaviest Observed Sub-Tree Directed Acyclic Graph) para melhorar seu desempenho e escalabilidade.

O GHOSTDAG prioriza não apenas a cadeia mais longa, mas também blocos adicionais referenciados por outros blocos na rede, tornando assim uma blockchain mais segura e resiliente. As blockchains tradicionais tendem a selecionar a cadeia mais longa para alcançar a consistência final, o que reduz o rendimento das transações da rede.

Além do projeto em si, em junho a criptomoeda teve um impulso a mais com a decisão da mineradora de Bitcoin Marathon Digital (MARA) de diversificar seu fluxo de receita adicionando a mineração de KAS. A empresa disse que extraiu 93 milhões de tokens KAS desde setembro passado.

Com este recente impulso, o token KAS se tornou o 27º maior do mundo em valor de mercado, com uma capitalização de cerca de US$ 4,5 bilhões.