O Mercado Bitcoin (MB) lançou nesta segunda-feira (26) um relatório que aponta 23 perspectivas para o mundo das criptomoedas em 2023. O documento, produzido pelo time de Research do MB, elenca as narrativas que devem dominar no ano que vem. Entre elas, merecem destaque as soluções de segunda camada, as finanças descentralizadas (DeFi) e as provas de conhecimento zero como as mais prováveis protagonistas de 2023.
“As expectativas para o próximo ano ainda são de um ano de lateralização de preço provocada pelas incertezas no cenário macroeconômico global. Entretanto, do ponto de vista de desenvolvimento, 2023 tem tudo para ser o ano em que as narrativas que impulsionarão o próximo bull market serão construídas. É importante encará-lo como um ano de construção de portfólio, identificando bons projetos e se familiarizando com novos conceitos que podem se tornar ‘the next big thing’”, reforça o time de Research do MB, liderado por André Franco.
Confira os primeiro tópicos da lista:
1. Binance: o grande alvo do regulador em 2023: O próximo ano será ainda mais desafiador para essa exchange. É bem provável que os reguladores ao redor do mundo vejam o modo como a Binance atua como um risco e ela seja banida parcialmente, ou totalmente, de algumas jurisdições.
2. ETF de spot nos EUA não será aprovado ano que vem: Um fundo de índice de cripto em solo americano é o sonho de grande parte do ecossistema cripto. Já foram duas negativas, em 2017 e 2018, e a justificativa da SEC para aprovar um instrumento como um fundo de índice de futuros e negar todos os pedidos spot, que teriam o ativo, reside principalmente na possibilidade de manipulação dos mercados. Isso não tenderá a mudar no próximo ano.
3. Regulação brasileira não vai andar muito além do PL aprovado na Câmara: Não acontecerão grandes inovações em 2023 do ponto de vista legislativo e regulatório. Mesmo assim, essa não é uma notícia totalmente ruim, porque a legislação aprovada é apenas principiológica e não detalha como serão os esforços da lei, deixando mais livre para as instituições como o Banco Central colocar a mão em regras que está acostumado a trabalhar.
4. A volta do ‘not your keys, not your bitcoins’: Os colapsos evidenciados ao longo do ano de 2022 trouxeram medo ao investidor de deixar os seus ativos nas mãos de terceiros. Ao longo de 2023 mais provas de reservas serão demandadas das exchanges, o que é positivo, mas não garante a solvência das empresas, isso porque não é possível garantir que a corretora não possua uma dívida que comprometa os saldos dos clientes.
5. Soluções de segunda camada ganharão destaque no ano e tokens ligados a elas devem subir: Uma das grandes notícias boas do ano foi a atualização mais aguardada da rede Ethereum, o The Merge. No entanto, a principal queixa dos usuários da rede não era o modelo econômico, mas sim as taxas cobradas nos picos de uso. Para endereçar essa questão, um novo fork (atualização) está sendo discutido de maneira mais forte nos últimos meses. Nas estimativas otimistas, essa atualização pode entrar em vigor por volta de julho de 2023. Na realista, em outubro e, na pessimista, em dezembro do mesmo ano.