Artista que ficou famoso com NFT vende obra por US$ 29 milhões

“HUMAN ONE” é uma escultura física acompanhada por um NFT feita por Michael Winkelmann
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Foto: Reprodução/Christie's

Não são US$ 69 milhões novamente, mas US$ 29 milhões não são de se jogar fora.

Beeple, o artista que tokenizou a obra “EVERYDAYS: THE FIRST 500 DAYS”, vendida por um preço recorde de US$ 69,3 milhões em um leilão realizado pela Christie’s em março, lucrou mais US$ 28,9 milhões com a venda de uma obra híbrida (física e digital) nesta quarta-feira (10).

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É a segunda maior quantia paga por um token não fungível (ou NFT, na sigla em inglês) – ou, pelo menos, uma peça de arte acompanhada por um NFT “dinâmico”.

HUMAN ONE” é uma escultura móvel em 3D que representa uma pessoa em um traje espacial que se move por diversos climas.

Christie’s, que previa que a obra seria vendida por cerca de US$ 15 milhões (ou seu equivalente em bitcoin ou ether), bateu o martelo após um lance de US$ 25 milhões.

A casa de leilões lucrou US$ 3,9 milhões pelo prêmio do comprador. Ryan Zurrer, ex-parceiro do CEO Olaf Carlson Wee do Polychain Capital, foi o vencedor do leilão.

HUMAN ONE é a primeira peça de arte física de Michael Winkelmann, também conhecido como Beeple. A peça digital de arte é conectada a um contrato de governança emitido no blockchain Ethereum.

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“EVERYDAYS” de Beeple possui o recorde de NFT mais caro já vendido e ajudou a impulsionar NFTs dos cantos empoeirados de cripto ao debate público. Atletas e artistas estão bem ocupados e lucrando com a tendência.

CryptoPunks, por exemplo, uma coleção de dez mil personagens pixelados, são geralmente vendidos por milhões online enquanto os Bored Ape Yacht Club lucraram altas quantias na Sotheby’s, adversária da Christie’s.

A origem dos NFTs se deu no blockchain Ethereum, popularizados pelos CryptoKitties, colecionáveis que permitem que pessoas gastassem ether (ETH) na criação de gatinhos animados e exclusivos.

Desde então, os tokens se tornaram um componente fundamental nas estratégias de expansão de blockchains concorrentes, aparecendo nas redes Solana, Tezos e Flow.

O volume negociado desses tokens digitais ultrapassou US$ 10 bilhões no terceiro trimestre, registrando um aumento anual de 38.000%.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.