Imagem da matéria: Pirâmide da Espanha Arbistar encerra suposto robô de arbitragem e dá calote em 120 mil pessoas
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A ‘Arbistar 2.0’, plataforma com sede na Espanha que oferecia rendimentos diários por meio de um suposto robô de arbitragem de bitcoins, congelou todas as contas dos clientes na última sexta-feira (12), segundo comunicado. O argumento usado para encerrar o sistema foi a ausência de lucro.

“Todas as contas foram congeladas sem possibilidade de reinvestimento”, disse a Arbistar em comunicado aos clientes, que alegou erro de cálculo do robô ‘Community Bot’, “percebido muito tarde”.

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Assim como o robô ‘quantum’ da Atlas, que também quebrou no Brasil no ano passado, o sistema da Arbistar não pagava rendimentos exorbitantes, mas ainda assim podia chegar a 15% ao mês.

No entanto, os clientes começaram a reclamar dos pedidos de saque que não era aprovados, de acordo com relatos nas redes sociais.

No Twitter, por exemplo, o usuário Pedro J. Bernal disse que até hoje aguarda um pedido de saque do mês de julho. “Poderia explicar?”, tuitou na última sexta-feira (11).

No domingo (13), outro usuário — @jordi19ab — também alegou o atraso no pagamento solicitado no dia 27 de agosto. “E agora me contam que fecharam? Isso é chamado de golpe”, escreveu.

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“Não faça isso”, disse um usuário que alegou ter quase 5 BTC na plataforma.

Dono diz que vai entrar 10 mil bitcoins

O espanhol Santi Fuentes, responsável pelo negócio, também publicou um vídeo direcionado aos clientes na segunda-feira (14). Segundo ele, a plataforma somou 120 mil clientes, mas mesmo assim não estava dando lucro.

“Todos gostavam do nosso robô de arbitragem, mas era um tipo de produto não trouxe muitos lucros para nós. Além disso, considerando o volume e risco que tínhamos, a plataforma produziu alguns erros técnicos que resultaram em perdas de bitcoin”, disse Fuentes.

Conforme a Airbistar, o prazo para os pagamentos atrasados será de cerca de um ano e meio, sendo os primeiros realizados a partir da próxima quinta-feira (17).

Numa ação típica dos esquemas de pirâmide, ele disse que os primeiros a receberem serão aqueles que não obtiveram nenhum lucro na plataforma.

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Por outro lado, o CEO afirmou que ‘Airbistar Club’, empresa por trás do negócio, vai focar em seus outros produtos, como sua exchange. Segundo ele, a empresa está sendo “privatizada” e deve receber até o dia 1 de outubro 10 mil bitcoins.

Conforme consta no documento de registro, Fuentes é responsável pelo escritório de Santa Cruz de Tenerife e da sede nas Ilhas Canárias, comunidade autônoma da Espanha. Contudo, o negócio pode ter ido além da espanha e ter dado prejuízo a pessoas no México, Colômbia e Argentina.

“Golpista em série”

Em junho, Fuentes participou de um vídeo falando do lançamento de um novo sistema chamado ‘Personal Bot Pro’. Àquela altura, provavelmente os negócios da Airbistar — cujo robô chamava ‘Community Bot’ — já apresentava problemas.

Há cerca de seis anos, o site Behind MLM, especializado em identificar e denunciar golpes, evidenciava que Fuentes era um dos líderes da ‘Global Unity’, golpe vinculado ao esquema Ponzi ‘WCM777’.

Este, aliás, foi uma das primeiras pirâmides financeiras abraçadas pelo brasileiro Gutemberg dos Santos, recentemente preso pelos EUA sob acusação de golpe com a Airbit Club.

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No mês de abril do ano passado, porém, o site revelou que o envolvimento de Fuentes com negócios duvidosos já acontecia muito antes da Global Unity. No passado, ele teria atuado em outro esquema Ponzi chamado ‘MoneyBox TV’. Devido a isso, o site o tachou de “golpista em série”.

De acordo com uma nova publicação, desta terça-feira (15), o site apenas escreveu que o colapso na Arbistar não deve surpreender ninguém. Em crítica ao vídeo, a publicação diz o seguinte:

“Em vez de admitir que estava comandando um esquema Ponzi, Santi Fuentes pretende puxar um longo golpe de dezesseis meses”.

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