Imagem da matéria: App que promete simplificar investimento em DeFi faz propaganda típica de pirâmide e tem Mark Cuban como investidor
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Investir em Finanças Descentralizadas (ou DeFi, na abreviatura em inglês) como Compound e Uniswap exige um nível de conhecimento técnico que está fora da zona de conforto do investidor comum. É um problema que um novo aplicativo chamado Seashell está tentando solucionar.

O app tem um time de peso de investidores: Mark Cuban, Coinbase Ventures, Vlad Tenev (fundador da Robinhood) e Christopher Giancarlo (ex-presidente da CFTC e chamado de “Criptopai”), bem como os fundadores do Solana e Polygon.

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As propagandas são típicas de pirâmide: permitirá que usuários ganhem rendimentos DeFi de até 10% enquanto oferece uma interface que se assemelha à de bancos tradicionais ou produtos de corretagem.

Seashell anunciando ter arrecadado US$ 6 milhões em uma rodada “seed” de inúmeros grandes apoiadores.

Em entrevista ao Decrypt, o fundador e CEO Daryl Hok descreveu Seashell como uma ferramenta de poupança “resistente à inflação”, uma descrição que provavelmente atrairá poupadores que estão enfrentando terríveis aumentos no índice de preço de consumidores (ou IPC), incluindo um percentual de 7% registrado em dezembro.

Hok caracteriza Seashell (cujo nome é inspirado nas antigas culturas que usavam conchas como meio de pagamento) como agnóstica a blockchain. “Obtemos os melhores rendimentos de todos os lugares e os facilitamos”, explicou.

Seashell não é a primeira startup cripto a oferecer rendimentos à la DeFi para investidores não técnicos. BlockFi, fundada em 2017, espalhou propagandas por todo os EUA prometendo retornos de até 9% para o bitcoin e outras criptomoedas em uma plataforma de fácil uso.

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Mas a BlockFi está enfrentando problemas, pois muitos reguladores estatais estão acusando a empresa de violar leis de valores mobiliários.

Enquanto isso, a Coinbase anunciou que iria oferecer modestos 4% para stablecoins, mas desistiu em resposta à pressão da Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (ou SEC).

Então como a Seashell evitará problemas parecidos?

A resposta para isso é, por enquanto, que a empresa só irá disponibilizar os produtos de rendimentos para investidores acreditados (um termo jurídico que a SEC define como qualquer pessoa que ganhe US$ 200 mil, ou US$ 300 mil com seu cônjuge, ou possui um patrimônio conjunto de US$ 1 milhão.

De acordo com Hok, Seashell está seguindo o caminho mais longo, aperfeiçoando seu produto e ficando ao lado direito dos reguladores até o clima jurídico facilitar a oferta de produtos cripto para investidores comuns.

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Hok acrescenta que, diferente da Coinbase e da BlockFi, a inicial estrutura jurídica do Seashell foi criada para garantir que não esbarre em leis de valores mobiliários. Isso envolve a criação de fundos que pagam juros na forma de dividendos.

O plano a longo prazo também inclui seus serviços a comerciantes, permitindo que recebam pagamentos de usuários do Seashell. Esse modelo teve sucesso com a Block (antiga Square), que criou um negócio bilateral para atender tanto clientes como investidores.

Hok afirma que Seashell será mais atrativa a empresas, pois não planeja cobrar taxas pelo uso de seus serviços.

Tudo isso parece ambicioso, principalmente para uma startup em um mercado de pagamentos e cripto extremamente concorrido.

Mas é importante acompanhar Seashell por conta de seus investidores influentes, bem como sua equipe.

Além de Hok, que atuou como diretor operacional da empresa de segurança em blockchain CertiK, a equipe fundadora do Seashell inclui veteranos do Google, Robinhood, Klarna, Snap e NerdWallet.

Atualmente, o Seashell está aceitando solicitações para a lista de espera por usuários e espera ser lançada no futuro próximo.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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