Apenas 9 de 4.200 startups brasileiras investem em Blockchain, diz levantamento

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(Foto: Shutterstock)

Um levantamento feito à pedido da Folha de São Paulo apontou que dentre as 4.200 empresas que fazem parte da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) somente 9 aderiram e aplicaram a tecnologia Blockchain em seus negócios.

O especialista em Blockchain consultado pelo jornal paulista, Bernardo Madeira, diz que acontecerão investimentos na nova tecnologia em grande escala, pois se trata de uma tendência disruptiva e ‘mainstream’ a longo prazo. A tecnologia teria um potencial para transformar a área de serviços com maior produção e eficiência, além de reduzir os custos.

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A visão de Madeira sugere que a nova tecnologia não pode ser vista como um remédio para todos os problemas, pois há inúmeras empresas que provavelmente não necessitariam de um Blockchain. Por esse motivo é preciso avaliar com cuidado se ela é ou não viável para tal negócio.

Uma observação técnica que também pode ser aplicada para saber se há necessidade de uma plataforma blockchain é uma avaliação do fluxo de informações que podem ser acompanhados, recomenda Gustavo Cunha, professor de inovação e finanças da instituição de ensino superior Ibmec.

“Bancos de dados com registros de imóveis ou de uma cadeia logística (supply chain), por exemplo, podem ser guardados em blockchain”, disse Cunha à Folha.

Contratos e gestão de documentos

A empresa de Gestão de documentos corporativos com assinatura digital, Owl Docs, é uma das instituições que aderiram à nova tecnologia. A organização realizada assinatura de documentos e contratos de câmbio via blockchain.

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“Compartilhamos os dados de forma segura e analisamos todo e qualquer acesso a qualquer documento, em tempo real”, afirmou ao jornal Silvia Valadares, que fundou o grupo com o cientista da computação Bruno Kenj.

Blockchain no agronegócio

A Bart Digital apostou tudo em Blockchain na operação de ‘Barter’, um mecanismo de financiamento de safra onde o pagamento pelo insumo é através da entrega do grão na pós-colheita, sem a intermediação monetária.

“Fazemos assinatura digital, monitoramento do plantio do produtor via satélite e geração automática dos documentos”, disse o engenheiro da computação Guilherme Costa, um dos fundadores da empresa.

Gerenciamento de resíduos on-line

A Plataforma Verde oferece o serviço de controle de perdas e resíduos, bem como o rastreamento de uma cadeia produtiva.

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De acordo com o engenheiro e fundador da empresa, Chicko Sousa, o sistema rastreia todo o transporte de resíduo via blockchain e os dados — conforme a maior ‘virtude’ do Blockchain — se tornam imutáveis com o registro de quem inseriu as informações.

Blockchain no mundo

Segundo levantamento da empresa de pesquisas IDC, só este ano já foram gastos cerca de US$ 2,1 bilhões com desenvolvimento de produtos e serviços a partir de plataformas de Blockchain. No ano passado, menos que a metade foi o valor de financiamentos e os números foram de aproximadamente US$ 945 milhões.

Algumas empresas citadas na reportagem da Folha que já adotaram a nova tecnologia são: BRF, Carrefour, Walmart, Cargill e Santander.

De acordo com outra empresa de pesquisas, a Venture Scanner, mais de mil startups já utilizam a tecnologia Blockchain, mostrou a Folha.


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