Alta do Bitcoin vai além de Trump e fundamentos mostram possível forte recuperação, diz analista

Beto Fernandes, analista da Foxbit, afirma que os próprios fundamentos do Bitcoin explicam a valorização e ressalta relação oferta e demanda
Moedas de bitcoin empilhadas em formato de torre

Foto: Shutterstock

A alta do Bitcoin no começo desta semana tem sido apontada como um reflexo da sensação de amplo favoritismo de Donald Trump para vencer a presidência dos Estados Unidos, margem que aumentou com o atentado à vida do candidato Republicano. Porém,não é apenas o fator político que tem ditado essa retomada. 

Beto Fernandes, analista da Foxbit, afirma que os próprios fundamentos da criptomoeda explicam a valorização. “No caso, a gente começa a observar um pouco mais os efeitos do choque entre oferta e demanda”, diz.

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O analista lembra que os ETFs de Bitcoin à vista somaram seis dias consecutivos de entradas positivas de capital, que ultrapassam o US$ 1 bilhão. Além disso, o governo alemão parece ter encerrado as vendas da criptomoeda, aliviando para o lado comprador do mercado.

Análise técnica

Na análise técnica, Fernandes ressalta que o canal de baixa do Bitcoin, no gráfico diário, foi rompido para cima neste final de semana, “confirmando a força dos bulls”. Além disso, o movimento vai de encontro com a divergência entre preço e índice de força relativa (RSI) – setas pretas. 

“Neste caso, os candles apontavam para queda, enquanto o indicador sugeria que as compras estavam ficando mais intensas. Essa diferença de tendência ajudou a empurrar o preço novamente para cima”, afirma.

O analista afirma que, enquanto isso, a Banda de Bollinger começa a se ajustar, após o movimento baixista. Agora, o indicador sugere uma volatilidade entre US$ 55 mil e US$ 64 mil.

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“Em um exercício de projeção, o Bitcoin pode seguir a linha laranja, e fazer um movimento de ombro-cabeça-ombro invertido. Isso quer dizer que que se inicia uma tendência baixa, seguida por uma forte recuperação”, diz.

Segundo Fernandes, já um novo teste de suporte, na região dos US$ 60 mil, poderia funcionar como trampolim e impulsionar o preço da criptomoeda para seu último topo histórico. Caso contrário, a pressão vendedora pode ter força para levar o BTC de volta à sua última zona de suporte (linha cinza), entre US$ 52 mil e US$ 54 mil, sugerindo um fundo duplo.