Advogados da Unick Forex oferecem devolução parcelada de 20% do investimento de clientes

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Foto: Danter Silva, diretor de marketing da empresa de Novo Hamburgo (Foto: Reprodução)

Depois de afirmar que fará a devolução parcelada do dinheiro que foi aportado por investidores que está bloqueado há mais de quatro meses, a Unick Forex resolveu propor um acordo pelo qual somente irá devolver cerca de 20% do valor investido — em parcelas. 

A proposta foi feita na última sexta-feira (11) pelo escritório de advocacia Nelson Wilians, que está representado a empresa na negociação com os investidores e que também defendeu o Bitcoin Banco.

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Uma cliente da empresa de Novo Hambrugo, que pediu para não ser identificada, disse ao Portal do Bitcoin que o escritório Nelson Wilians havia ligado para sua na casa para fazer um acordo sobre um contrato com a Unick Forex. 

Ela relata que esse contrato era da pessoa com quem está casada. O escritório teria oferecido R$1.400, o que causou espanto ao cliente, pois o valor que tinha a receber era de R$ 7 mil. A dívida ainda seria parcelada em seis vezes.

Como se isso não bastasse, alguns minutos depois ligaram de novo. Nesta segunda vez, no entanto, o escritório teria ligado para resolver o contrato dessa própria cliente.

Unick Forex e a proposta indecente

De acordo com ela, que afirma ter mais de R$ 18 mil a receber, foi oferecido R$ 3.400 a serem também parcelados em seis vezes.

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Ela relata que o escritório de advocacia falou que o acordo era apenas esse e o aconselhou a aceitar pois caso contrário poderia demorar para receber.

“Já inventaram quatro acordos para ganhar tempo e agora eles vêm com essa proposta totalmente fora da realidade de 20% do valor”, disse.

Segundo a investidora, os diretores da Unick Forex sequer atendem os chamados feitos pelos clientes e todos os líderes da empresa sumiram: 

“Eles apenas colocaram a responsabilidade para o escritório Nelson Wilians”.

Essa pessoa acredita que são milhares de pessoas na mesma situação. Somente na família dela foram oito pessoas que aplicaram dinheiro na Unick, com um aporte total de R$ 50 mil.

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Velho problema

Indignada, ela lembra que essa situação vem “se arrastando desde agosto e nada foi resolvido”. Mesmo quando a empresa começou a dar problemas ela manteve a crença na ‘família Unick’ e aplicou R$ 13 mil.

Outra cliente, que pediu sigilo sobre sua identidade, também recebeu uma ligação dos advogados do escritório Nelson Wilians.

Na ligação, ouvi uma proposta similar ao caso narrado anteriormente. Uma oferta de R$ 16 mil a serem pagos também em seis vezes. A primeira parcela seria paga em até cinco dias úteis. Detalhe: o investimento preso na empresa é de R$ 80 mil.

Ele desistiu de pedir o cancelamento.

O problema é que até hoje essa pessoa espera que reativem suas contas.

Esse investidor conta que chegou a retornar a ligação para o escritório Nelson Wilians. Foi dito a ele que ninguém do escritório havia ligado para fazer acordo e que seriam pessoas com intenção de roubar os dados de clientes.

O investidor, entretanto, disse que o número de onde partiu a ligação é o mesmo do escritório de advocacia. A outra cliente também recebeu uma ligação do mesmo número — de uma sede do Nelson Wilians de Brasília.

Procurada, a assessoria de imprensa do escritório disse que por questões éticas, o escritório não comenta temas que envolvam clientes. Afirmou também “que todos os contratos da Unick Academy estão sendo tratados com transparência e analisados, caso a caso, para se encontrar a melhor solução”.

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