Ações da IRB (IRBR3) continuam caras e podem cair mais, diz Banco do Brasil

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A gestora do Banco do Brasil (BBAS3) informou que seus cálculos mostram o preço-alvo para IRB Brasil (IRBR3) de R$ 5,20. A ação possui potencial de queda de 22% até dezembro do ano que vem. A recomendação é neutra e dada por Rafael Reis, analista que assina o relatório do banco.

Rafael Reis afirma que viu bons números no terceiro trimestre, entretanto, alguns pontos ainda o incomodam. O analista afirma:

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“Se, quando olhamos para trás, vemos um negócio com performance irreal maculado em fraudes contábeis, olhando para frente, ainda que exista a aparência de uma reviravolta na transparência da gestão e na condução dos negócios, o que predomina é a incerteza”.

De acordo com a gestora do banco, a divisão dos negócios descontinuados e continuados ajuda na limpeza do balanço e dar uma visão do futuro. Todavia, as fraudes contábeis devem sim atrapalhar a IRB Brasil por muitos trimestres.

A companhia informou que vê um grande ponto de interrogação nas perspectivas para a empresa. Para a gestora, os papéis da IRB mostrarão volatilidade devido a imprevisibilidade dos resultados dos próximos trimestres. e diz que a companhia está à mercê de noticiários ligados à sua adaptação ou não à liquidez regulatória mínima.

Por fim, vale destacar que outros bancos também mantêm cautela com os papéis da resseguradora. O BTG Pactual (BPAC11) e o Banco Safra continuaram com recomendação neutra. Para o BTG, o preço-alvo é de R$ 6 e para o Safra é R$ 7,80.

Os resultados da IRB

Nesse terceiro trimestre de 2020, a IBR Brasil reportou um prejuízo líquido de R$ 229,8 milhões. A empresa presentou um resultado 66,4% menor quando comparado ao trimestre anterior, com R$ 685,1 milhões. Entretanto, quando olhamos para o indicador sem os contratos descontinuados, vemos um lucro líquido de R$ 149,4 milhões.