Os acionistas da Amazon, a quarta maior companhia do mundo em valor de mercado, estão pressionando o alto escalão a seguir o exemplo da MicroStrategy, empresa de capital aberto que mais detém Bitcoin em caixa atualmente. A proposta, que pede a alocação de pelo menos 5% do capital em BTC, foi apresentada ao Conselho da Amazon pelo Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas (NCPPR).
De acordo com o documento “Proposta de Acionistas da Amazon: Avaliação do Bitcoin como Tesouro”, os acionistas solicitam que o Conselho realize uma avaliação para determinar se adicionar Bitcoin ao tesouro da empresa é do melhor interesse de longo prazo para os sócios. A proposta cita o crescimento exponencial da Microstrategy, sucesso dos ETFs de Bitcoin, além de uma possível reserva estratégica de Bitcoin do governo dos EUA.
“Embora o Bitcoin atualmente seja um ativo volátil – assim como as ações da Amazon foram em determinados momentos ao longo de sua história – as corporações têm a responsabilidade de maximizar o valor para os acionistas tanto a curto quanto a longo prazo”, diz um trecho do documento. “No mínimo, a Amazon deveria avaliar os benefícios de manter parte de seus ativos, mesmo que apenas 5% em Bitcoin”.
Atualmente, a Amazon é o quinto ativo mais valioso do mundo, com um mercado de US$ 2,38 trilhões, segundo dados do indexador CompaniesMarketCap; o Bitcoin, é o sétimo, valendo US$ 1,95 trilhão. Entre os dois ativos está a Alphabet (Google), avaliada em US$ 2,14 trilhões.
O Bitcoin chegou a subir mais de 130% neste ano, ultrapassando na semana passada a marca de US$ 100 mil em um movimento que superou todos os principais ativos, incluindo ouro e o índice S&P 500. Por sua vez, a MicroStrategy viu o preço de suas ações dispararem para 500% em comparação com a alta de 49% das ações da Amazon.
No final do terceiro trimestre, a Amazon possuía US$ 585 bilhões em ativos totais, dos quais US$ 88 bilhões representavam caixa, equivalentes de caixa e valores mobiliários negociáveis, incluindo notas do Tesouro, títulos governamentais estrangeiros e corporativos. Segundo a proposta, essa composição de ativos não está protegendo adequadamente o valor dos acionistas, comenta o site Coindesk.
Bitcoin na Microsoft
No mês passado, o NCPPR apresentou uma proposta semelhante para os acionistas da Microsoft, instando a gigante da tecnologia a diversificar suas reservas em Bitcoin. Os acionistas da Microsoft estão programados para votar a proposta nesta terça-feira (10).
Vale lembrar que no início deste mês o cofundador da MicroStrategy, Michael Saylor, compartilhou uma estratégia detalhada de adoção do Bitcoin com o conselho de diretores da Microsoft, demonstrando como a gigante da tecnologia poderia atingir até US$ 584 por ação e criar quase US$ 5 trilhões em valor para os acionistas até 2034 por meio de várias estratégias. As ações da Microsoft subiram 19% no acumulado do ano.
“O Bitcoin é o parceiro de fusão universal, perpétuo e lucrativo”, disse Saylor ao conselho, comparando a estratégia à aquisição de “uma empresa de US$ 100 bilhões crescendo 60% ao ano e com receita de 1x”.
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