Imagem da matéria: Cuba estuda uso das criptomoedas para acesso a mercados internacionais
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O presidente de Cuba Miguel Díaz-Canel anunciou na terça-feira (11) durante reunião virtual com governadores que o governo está avaliando a conveniência do uso das criptomoedas para facilitar ao país o acesso aos mercados financeiros internacionais. De acordo com vídeo da reunião publicado pelo canal Cuba Hoy, Díaz-Canel afirmou que a população será informada assim que houver um relatório concluído.

As criptomoedas passaram a fazer parte da agenda do governo de Cuba no mês passado como parte das “diretrizes de política econômica e social do partido e da revolução” até 2026, uma ação para o enfrentamento da atual crise econômica. Contudo, o discurso não é de hoje. Há cerca de dois anos o governo cubano apontou para a mesma medida, conforme relatou a Reuters na ocasião.

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Criptomoedas — “fenômeno financeiro”

Durante a reunião, que foi acompanhada presencialmente pela imprensa de todo o país, o presidente cubano também alertou também para onda de golpes em investidores aplicados por criminosos que usam o “fenômeno financeiro” como isca. Segundo ele, esses golpes têm sido aplicados em todo o mundo e Cuba não está isenta.

Ele apontou também para operações monetárias executadas por empresas internacionais que com o uso das criptomoedas desenvolvem esquemas especulativos buscando maximizar ganhos através de procedimentos que podem ser motivo para fraude.

Cuba enfrenta sanções dos EUA

Historicamente, Cuba é alvo de sanções dos EUA. Em 2016, ao visitar Cuba, o então presidente americano Barack Obama prometeu trabalhar com o Congresso americano para derrubar o embargo econômico ao país.

Na ocasião, o ministro cubano de Comércio Exterior, Rodrigo Malmierca havia dito: “Não podemos usar o dólar no nosso comércio exterior”, publicou o UOL na época. Obama, ademais, também pediu liberdade para o povo cubano. 

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Ao contrário dos esforços de Obama, nos últimos anos, o governo Trump impôs sanções severas a Cuba e a indústria do turismo foi dizimada pela pandemia, os cubanos viram a economia despencar mais uma vez.

“Muitos esperando horas em filas de pão”, diz uma publicação recente do The New York Times. O elogiado sistema de saúde do país, completou o jornal, também está desgastado e o número de cubanos que tentam sair da ilha está aumentando.

As transferências em dinheiro também são prejudicadas. Em novembro do ano passado, por exemplo, a Western Union afirmou que suspenderia seus serviços de transferências oriundas dos EUA aos cubanos devido à última sanção do governo Trump.

“Um golpe para muitos cubanos que dependem de remessas de familiares no exterior”, comentou a Reuters.

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