Imagem da matéria: Quem é o famoso divulgador de pirâmides financeiras que voltou a ser preso em SC
De gravata verrmelha, Clair Berti, mais conhecido como Yatri, recebeu homenagem por divulgação da Telexfree

A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu novamente no início do mês um dos maiores divulgadores de pirâmides financeiras do Brasil. Clair Berti, que também usa o nome de ‘Bernardo Yatri’, é investigado pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

Além da Telexfree, comandado no Brasil por Carlos Costa e nos EUA por Carlos Wanzeler, Berti também captou investidores em outras esquemas como Unick Forex, Bbom e MinerWorld.

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Clair Berti descumpriu prisão domiciliar

Conforme divulgado pela polícia no dia 02, um homem havia sido preso em Videira durante a 3ª fase da Operação Faraó. Informações no mandado de prisão preventiva que o Portal do Bitcoin teve acesso nesta terça-feira (06) revelam que se tratava de Clair Berti.

O pedido foi feito pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Segundo consta no Banco Nacional de Mandados de Prisão, departamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o documento foi expedido no dia 30/09.

Foi atrás de novos investidores

Clair Berti foi preso por violar as medidas cautelares impostas pela Justiça após a prisão anterior, em setembro deste ano. Ele deveria cumprir prisão domiciliar no Meio Oeste catarinense, mas foi localizado em Videira, município a 450 quilômetros de Florianópolis.

Na ocasião, o delegado Eduardo Defaveri disse que um dos presos havia ido para o Litoral para conseguir novos clientes que passariam a se tornar vítimas futuramente.

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Com Berti, foram encontrados R$ 8 mil, 3 notebooks, 2 computadores, 4 celulares, 3 quadros de luxo, uma espingarda calibre 22, um drone, entre outros bens. Segundo a polícia, houve ainda um imóvel sequestrado.

Além de conhecido suspeito, outra pessoa também foi presa preventivamente em Itajaí. Ela teve apreendidos três celulares, notebook e dinheiro.

Segunda prisão de Clair Berti

No mês passado, Clair Berti foi preso com uma quantia de R$ 105 mil. O dinheiro foi encontrado dentro de caixas, de calçados e até dentro do estojo de um violino.

No entanto, por questão de saúde, a prisão foi convertida em regime domiciliar mediante uso de tornozeleira eletrônica.

Telexfree: Divulgador da pirâmide financeira de volta à prisão em SC
Arma, dinheiro e drone de Clair Berti também foram apreendidos. Foto: Divulgação/PC

Atuou em várias pirâmides

No começo do ano passado, quando em atividade pela Unick Forex, Clair Berti tentou dar um ar de legalidade ao negócio que lesou milhares de pessoas.

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Em um comentário, veiculado num vídeo no Youtube, posteriormente retirado do ar, ele disse: “Está cheio de pirâmides financeiras no mercado”. 

De acordo com seu histórico na Justiça, Berti é parte de vários processos que envolvem a Telexfree desde que o golpe veio à tona ainda em 2013. 

Como operava a Telexfree

Idealizado por Carlos Wanzeler, o esquema da Telexfree era a venda de pacotes de telefonia que não passava de fachada.

Para divulgar o produto, a empresa adotou um sistema de marketing multinível que custava US$ 50 (cerca de R$ 200) só de taxa de adesão. Os preços dos pacotes iam de US$ 289 a US$ 1.375.

Para obter lucro, o ‘divulgador’ teria que comprar e revender pacotes para quem quisesse entrar no negócio. Desta forma, ele ganhava um bônus por indicação.

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A recompensa estimulava o crescimento da rede, mas que passaria a ser insustentável quando parasse de entrar pessoas, um desfecho certo em qualquer esquema de pirâmide, ou Ponzi.

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