Imagem da matéria: Homem frauda auxílio para empresas nos EUA, compra R$ 5 milhões em criptomoedas e é preso
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Um homem foi preso em Houston, nos Estados Unidos, sob acusação de fraudar em US$ 1,1 milhão (cerca de R$ 5,88 milhões) um programa de empréstimos do governo para ajudar pequenas empresas durante a pandemia de coronavírus. Em vez pagar os salários de funcionários, o americano usou a maior parte da verba para comprar criptomoedas.

Segundo informações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, divulgadas na terça-feira (14), Joshua Thomas Argires, 29, enviou dois pedidos de empréstimos a bancos segurados pelo governo. Eles foram feitos em nome de duas supostas empresas, Texas Barbecue e Houston Landscaping.

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Argires alegou ter um número de funcionários e centenas de milhares de dólares em despesas com folha de pagamento nas duas companhias. No entanto, nenhuma delas tinha funcionários — o que não foi impeditivo para o suspeito conseguir obter o empréstimo junto ao governo.

Destino do dinheiro

Em vez de pagar supostos funcionários, Arguires aplicou em criptomoedas o empréstimo de US$ 956,6 mil (R$ 5,1 milhões) referente ao Texas Barbecue — que supostamente seria uma restaurante.

O comunicado das autoridades dos EUA não especifica se a carteira era de bitcoin ou de outra moeda digital. De acordo com o portal Coindesk, no entanto, ela está alocada na corretora Coinbase.

Já os recursos que seriam destinados à Houston Landscaping, uma suposta companhia de paisagismo, foram transferidos para contas bancárias e sacados a partir de caixas eletrônicos.

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Preso pela polícia desde a última segunda-feira (13), Argires vai responder pelas acusações de fazer declarações falsas a uma instituição financeira, fraude eletrônica, fraude bancária e participação em transações monetárias ilegais.

Autoridades do Estado do Texas, onde fica a cidade de Houston, seguem na investigação do caso.

Auxílio emergencial para bitcoin

Embora a aplicação feita por Argires seja fruto de operações ilícitas, cidadãos nos Estados Unidos têm usado recursos da versão local do auxílio emergencial para comprar bitcoin e outras criptomoedas. A ideia por trás da aplicação é buscar uma forma de rentabilizar o recurso de forma mais rápida do que por meios convencionais.

Essa análise foi feita em abril pelo então CEO da Coinbase, Brian Armstrong, em abril passado. Isso porque ele notou um aumento repentino no número de compras e de depósitos no valor de US$ 1.200 — equivalente ao benefício pago pelo governo para apoiar pessoas físicas afetadas pela pandemia.

No Brasil há também pessoas que têm adotado estratégia semelhante. O Portal do Bitcoin destacou em maio passado relatos de contemplados pelo auxílio emergencial que decidiram aplicar parcelas do benefício em bitcoin.

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