Imagem da matéria: Como as corretoras de criptomoedas brasileiras estão enfrentando a crise do Coronavírus
Imagem: Shuttestock

As corretoras de criptomoedas do país estão tendo de mudar a forma de trabalhar durante esse período de pandemia do Coronavírus. A rotina de funcionários numa sala dividindo espaço está dando lugar ao trabalho home office, mas as atividades dessas empresas não serão interrompidas. 

O Portal do Bitcoin entrou em contato com algumas dessas empresas que atuam no mercado de criptomoedas no Brasil, as quais estão adaptando sua forma de trabalhar para ao mesmo tempo atender as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e também não parar suas atividades.

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Coronavírus e ações das exchanges

O Mercado Bitcoin, com sede em São Paulo, é uma das empresas que têm seguido as recomendações de autoridades de saúde para conter o alastramento do vírus. Por meio de nota enviada à reportagem, a exchange informou que todos os seus funcionários estão trabalhando de casa desde a última terça-feira (17). Não há ainda previsão para que eles voltem a trabalhar presencialmente na empresa.

“A medida se aplica a todas as áreas, inclusive a equipe de atendimento. Todas as providências técnicas foram realizadas para que o atendimento aos clientes siga normalmente. A plataforma do Mercado Bitcoin continua ativa, sete dias por semana, 24 horas por dia”, diz o texto.

A Foxbit também afirmou, por meio de sua assessoria de comunicação, que iniciou na última segunda-feira (16) o home office de todos os seus funcionários. Por meio de nota, a empresa afirmou que essa seria uma das ações preventivas para reduzir a circulação de pessoas a fim de evitar a proliferação do coronavírus.

“Estamos acompanhando de perto a chegada do Coronavírus e temos tomado algumas medidas importantes para  enfrentar essa situação com total transparência e responsabilidade. Dentre as ações preventivas, informamos que iniciamos no dia 16/03 o home office para os nossos colaboradores, com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas e aumentar a proteção de todos”.

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Segundo a Foxbit, que também funciona da capital paulista, essa medida não irá impedir a continuidade de suas atividades no mercado:

“Estamos trabalhando intensamente para que nossos clientes sejam menos impactados possível”.

Preparados para o Coronavírus

A Bitcointrade foi além e na semana anterior já havia adotado essa medida. Daniel Coquieri, CEO da empresa, afirmou que desde a quinta-feira passada (12), “todos os funcionários já estão trabalhando em home office”.

A empresa, que possui sede Miami, com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte e Canadá, adotou o regime de trabalho remoto para todos os locais. Segundo Coquieri, essa adaptação não foi complicada uma vez que a Bitcointrade já adotava esse sistema em alguns casos. 

“A gente já processo de trabalho home office em algumas equipes da empresa e por vezes, algumas pessoas já podiam fazer o trabalho de forma remota. A gente já tinha ferramenta e processos para se comunicar com os funcionários”.

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A Foxbit também mencionou estar bem preparada para o teletrabalho sem que isso possa representar risco para os dados de seus clientes:

“Temos tudo na nuvem e sempre nos preocupamos que as pessoas possam ter acesso para fazer os seus trabalhos de qualquer lugar. Temos algumas medidas de segurança, dados mais sensíveis não podem ser acessados fora da empresa e funcionários que moram perto e podem ir a pé, se se sentirem confortáveis com isso”.

De Belo Horizonte, Minas Gerais, a corretora Coinext disse que adotou o trabalho remoto desde terça-feira (17). “Já utilizamos algumas ferramentas internas para otimizar a comunicação e o trabalho, o que mudou mesmo foi o ambiente físico. De resto, tudo continua normal”, disse a assessoria de imprensa da empresa.

A Braziliex não entrou em detalhes sobre a rotina de trabalho da equipe. Por meio de sua assessoria de comunicação, a empresa mencionou que “tomou todas as medidas para manter tudo em pleno funcionamento”.

Coronavírus e a economia 

Depois do Coronavírus, o mercado de criptomoedas se deparou com a grande queda do seu principal ativo: o Bitcoin. No último dia 12, a mais conhecida das criptomoedas chegou a cair 50% em um dia e despertou uma série de questionamentos se ele seria de fato um “ouro digital”.

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Coquieri disse, porém, que a pandemia tem afetado todo o mercado em si e não só o setor de criptomoedas. “Na minha visão, essa crise da saúde está afetando o mercado como um todo. Ainda deve ter alguns meses até as coisas se acalmarem, mas falando de preço, deve ainda ter muita volatilidade por algumas nas próximas semanas”. 

De fato, há razão nas palavras do empreendedor do setor cripto. A crise global gerada pela pandemia tem derretido também Bolsas de Valores mundo afora e afetado até mesmo o ouro.  No mesmo dia que o Bitcoin despencou, o ouro, que havia tido a alta de 12% no ano, entregou metade dos ganhos e passou a ser negociado na faixa de US$ 1.600. 

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