Indeal, pf
Primeira operação da PF na casa de um dos sócios da Indeal em 2019 (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Por meio de uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na noite da sexta-feira (09), Angelo Ventura da Silva e Marcos Antônio Fagundes, sócios da Indeal, poderão deixar a cadeia. Eles estavam presos desde o dia 21 de maio.

A informação foi confirmada pelo advogado de defesa dos acusados, Humberto Barrionuevo Fabretti, segundo publicação do jornal NH.

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Silva e Fagundes fazem parte de um grupo de cinco sócios acusados de operar por meio da Indeal um golpe financeiro. Eles e mais 13 pessoas viraram réus após a Justiça Federal aceitar a denúncia em 24 de julho.

À princípio, o total de acusados era 19, mas apenas 15 suspeitos foram oficiados — a Justiça recusou a denúncia contra duas mulheres. O órgão entendeu que elas não se enquadravam nos crimes descritos.

De acordo com o Gaúcha ZH, a Justiça vai apurar as seguintes práticas de crimes:

Organização criminosa, operação de instituição financeira sem autorização legal, evasão de divisas, gestão fraudulenta de instituição financeira, apropriação e desvio de valores de instituição financeira e emissão e comercialização de títulos e valores mobiliários.

Indeal não tem dinheiro para todos

No final de julho, o Ministério Público Federal (MPF) disse que o ressarcimento a clientes da Indeal a partir dos valores que foram bloqueados da empresa só deve acontecer após o final do processo. Porém, o cálculo é de que não há dinheiro para todos:

“Os valores da empresa que foram bloqueados por ordem da Justiça Federal não são suficientes para o pagamento dos investidores”, afirmou a Procuradoria da República no Rio Grande do Sul em nota enviada ao Portal do Bitcoin.

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Dias antes, vários clientes da Indeal realizaram uma manifestação de apoio à empresa na sede da Justiça Federal, Porto Alegre (RS) onde entregaram um abaixo-assinado pedindo a liberação do pagamento.

Caso Indeal

A Indeal captava recursos para investimento em criptomoedas e prometia ganhos de até 15%, sendo que no primeiro mês essa porcentagem era declarada como garantida. Isso ocorria desde 2017.

O negócio chamou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que proibiu a empresa de operar e a Polícia Federal deflagrou a Operação Egypt que cumpriu mandados de prisão e apreensão em maio deste ano.

R$ 1 bilhão investido

Cerca de R$ 1 bilhão pode ter sido captado pelo grupo investigado. Segundo a PF, alguns sócios apresentaram uma evolução patrimonial descomunal — teve sócio que passou de menos de R$ 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.

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A empresa deixou então um rombo de R$ 300 milhões e milhares de pessoas de vários estados brasileiros foram prejudicadas, segundo auditoria realizada pelas autoridades.


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