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A Binance não cumpre todos os pedidos do exército israelense para congelar carteiras de criptomoedas pertencentes a palestinos e outros, disse o chefe de investigações de crimes financeiros da empresa ao Decrypt.

“Não nos baseamos apenas em uma única fonte ou ferramenta”, afirmou Nils Anderson Röed, chefe global de investigações financeiras da Binance, ao explicar como sua equipe lida com os pedidos recebidos das Forças de Defesa de Israel (IDF).

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No final de agosto, o CEO da Binance, Richard Teng, negou veementemente as alegações de que a maior exchange de criptomoedas do mundo havia congelado todas as carteiras de clientes palestinos a pedido das IDF.

Em uma entrevista subsequente ao Decrypt, Teng disse que, no caso em questão, as IDF pediram à Binance para congelar mais de 1.500 carteiras pertencentes a palestinos. De acordo com Teng, a Binance constatou que apenas cerca de 220 dessas carteiras, ou 14% das solicitadas para congelamento, mostraram sinais “legítimos” de estarem conectadas a transações ilícitas de acordo com a lei internacional.

Apenas essas carteiras selecionadas, disse Teng, foram bloqueadas para transações na Binance.

Na conferência Messari Mainnet em Nova York, Röed explicou que sua equipe realiza pesquisas independentes de inteligência de código aberto em paralelo com governos, como o de Israel, para verificar possíveis divergências sobre o que constitui atividade “ilícita”.

Por exemplo, Röed mencionou que as IDF podem alegar que uma carteira de criptomoeda está vinculada ao financiamento do terrorismo, enquanto a equipe interna da Binance tem “informações que indicam que ela pode estar vinculada a uma instituição de caridade”.

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Nesses casos, segundo Röed, a equipe de investigações financeiras da Binance consulta seus advogados e, em seguida, novamente com a autoridade policial em questão, para determinar quais medidas tomar de acordo com a lei internacional, sem infringir os direitos dos usuários.

Essas conversas, por exemplo, levaram a Binance a rejeitar 86% dos pedidos de apreensão de carteiras que, segundo ela, foram recentemente recebidos de Israel.

Röed, um veterano da cibersegurança que anteriormente investigou crimes na dark web para a Europol e o governo holandês, afirmou que a Binance alocou recursos adicionais para garantir que suas investigações em regiões sensíveis, como o Oriente Médio, estejam à altura.

“Estamos fazendo muitas verificações adicionais, especialmente com esse tipo de questão muito sensível”, afirmou.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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