Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin recua 4% e atinge US$ 61 mil com escalada de tensão no Oriente Médio
Imagem criada por Decrypt com uso de IA

O Bitcoin mantém a trajetória de queda iniciada em outubro, recuando mais 4% na manhã desta quarta-feira (2), sendo negociado a US$ 61.199. Em reais, o BTC registra uma desvalorização de 3,8%, atingindo R$ 335.249, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).

A desvalorização do Bitcoin neste início de outubro pegou investidores de surpresa, já que o mês é historicamente positivo para a criptomoeda. No mercado de derivativos, traders que apostavam na alta do ativo sofreram liquidações de US$ 126 milhões, enquanto as apostas otimistas em Ethereum (ETH) perderam quase US$ 100 milhões nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinGlass.

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As liquidações acontecem quando a posição de um trader é encerrada automaticamente devido à falta de fundos para mantê-la. Isso geralmente ocorre por conta de um movimento significativo de preços em uma direção específica, que consome a margem inicial ou a garantia do trader.

Ether, por sinal, registra uma queda ainda mais acentuada que o BTC nesta quarta-feira, com desvalorização de 6,8%, levando seu preço a US$ 2.456. As demais criptomoedas do top 10, exceto as stablecoins, também sofrem perdas superiores a 6%, como Solana (-6,8%), BNB (-5,1%) e XRP (-6,5%).

No mercado mais amplo, apenas as criptomoedas Wormhole (W) e MANTRA (OM) registram ganhos de preço mais significativos nesta manhã, subindo 27% e 3,3%, respectivamente.

No mercado de ETFs, os fundos baseados no Bitcoin quebraram a sequência de oito dias de fluxos positivos e enfrentaram saídas de US$ 242,5 milhões na terça-feira (1º), a maior registrada desde o início de setembro.

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O FBTC da Fidelity foi o mais impactado pelas retiradas, com uma perda de US$ 144 milhões. Por outro lado, o ETF da BlackRock, o IBIT, foi o único a registrar entradas, somando US$ 40,8 milhões no dia, de acordo com dados da plataforma Sosovalue.

Os ETFs à vista de Ethereum negociados nos EUA também ficaram no vermelho ontem, enfrentando saídas líquidas de US$ 48,5 milhões.

Tensão aumenta no Oriente Médio

As quedas no mercado de criptomoedas acompanham a escalada da tensão no Oriente Médio na terça-feira, quando o Irã bombardeou Israel em retaliação aos ataques ao Líbano e mortes dos líderes do Hezbollah e Hamas.

Teerã disparou um total de 181 mísseis balísticos contra alvos em Israel e, nesta quarta-feira, disse considerar a retaliação encerrada, segundo informações da Folha de S. Paulo. Israel, por outro lado, prometeu responder ao ataque. “O Irã cometeu um grande erro nesta noite, e vai pagar por ele”, disse na terça o premiê Binyamin Netanyahu.

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O receio de que a guerra escale e envolva outros países ao redor do mundo pode afetar a estabilidade do mercado financeiro, com repercussões também no mercado de criptomoedas. 

Em momentos de tensão, os investidores tendem a buscar ativos que funcionam como reserva de valor, como Bitcoin e ouro. No entanto, o que se observou foi uma queda no Bitcoin, enquanto o ouro registrou um leve aumento.

“A ação do preço do BTC na noite passada (BTC -4% vs. ouro +0,8%) após o ataque do Irã foi intrigante, especialmente considerando a recente proposta da BlackRock de que o BTC é um ativo de risco similar ao ouro. A realidade é que a diferença nas ações de preço de curto prazo desses dois ativos reflete suas diferentes fases de maturidade”, escreveram pesquisadores liderados por Peter Chung, ao CoinDesk

“O ouro é um ativo muito mais maduro, com uma história de 5.000 anos como reserva de valor, portanto, há pouco espaço para efeitos de rede incrementais. O BTC, por outro lado, compartilha os mesmos atributos que fazem do ouro uma boa reserva de valor (melhor em muitos casos), mas com apenas 15 anos de história. Isso significa que está nos estágios iniciais de adoção mainstream, e sua narrativa ainda é pouco compreendida”, explicaram.

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