A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (10) uma operação para desmantelar uma organização criminosa acusada de importar grandes quantidades de produtos eletrônicos sem pagar tributos e vender os itens no mercado nacional. Segundo os investigadores, o grupo cometeu os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de doleiros e de transferências com criptomoedas.
Conforme as investigações, há indícios da remessa ilegal de mais de R$ 1,6 bilhão ao exterior, estimando-se que foram importados para o país mais de 500 mil telefones celulares pela organização criminosa nos últimos cinco anos.
A ação, feita em conjunto com a Receita Federal, recebeu o nome de Operação Corisco Turbo e cumpriu 51 mandados de busca e apreensão, 25 ordens de sequestro de bens imóveis, 42 ordens de sequestro de veículos, além do bloqueio de R$ 280 milhões nas contas dos alvos da operação.
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As investigações apontam que a organização criminosa se subdividia em núcleos responsáveis pela negociação e venda de produtos eletrônicos, transporte/armazenamento, constituição de empresas fictícias, envio de dinheiro para o exterior e receptação dos produtos para revenda em comércios.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, que possuem penas máximas que podem chegar a 37 anos de reclusão.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, que também determinou medidas cautelares diversas da prisão em desfavor dos principais investigados, tais como proibição de se ausentar do país, com a entrega dos passaportes em 24 horas, proibição de se ausentar do município de domicílio, comparecimento mensal ao Juízo Federal para informar suas atividades e proibição de manterem contato uns com os outros.
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