Ladrão místico roubando dados digitais por malware
(Foto: Shutterstock)

A McAfee Labs, empresa americana de informática e softwares de segurança, revelou que ataques cibernéticos com malwares de mineração de criptomoedas cresceram 86% no segundo trimestre deste ano, segundo relatório publicado pela instituição na segunda-feira (24).

O relatório afirma que, apesar dos malwares serem menos comuns — ransomwares são mais usados — os programas maliciosos que mineram criptomoedas usando uma técnica chamada “cryptojacking” emergiram rapidamente como um fator no cenário de ameaças, sendo seus alvo principal os PCs.

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Os malwares são programas intrusos que se infiltram em um sistema com o intuito de causar danos, alterações ou roubo de informações. Os ransomwares são programas maliciosos muito nocivos que restringem o acesso ao sistema infectado, cobrando resgate para que o acesso possa ser restabelecido.

“Há alguns anos não pensávamos que roteadores de internet e outros dispositivos pudessem ser usados para ‘criptomonetização’, dadas suas velocidades de CPU vistas como insuficientes para suportar tal atividade”, disse Christiaan Beek, chefe da equipe que produz regularmente o Relatório de Ameaças da McAfee Labs.

O relatório também evidenciou adaptações em malwares antigos como o WannaCry e o NotPetya que sofreram mudanças contínuas após um surto de ataques em 2017 (cerca de 400 mil) e hoje (um crescimento de 629%, ou seja, 2,9 milhões) são ameaças totalmente novas.

O crescimento dessas mutações foi de 151%, segundo o relatório.

Antes, porém, entre 2014 e 2017, houve 167 crimes relacionados ao Bitcoin que foram reportados à polícia. A maioria envolviam chantagens após ataques com malwares do tipo WannaCry.

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A McAfee afirmou também que sua equipe de pesquisa encontrou pelo menos 15 aplicativos maliciosos no Google Play, o que demonstra que os cibercriminosos continuam encontrando novas maneiras de roubar as vítimas que usam aplicativos oriundos de lojas oficiais.

Um dos fatores que mais chamou a atenção é que a equipe descobriu que a maioria dos ataques com malwares e phishing é focada em sistemas com implementação da tecnologia blockchain.

Jogadores são os maiores alvos

Em alguns casos, segundo o relatório, os criminosos visam grupos específicos em vez de um amplo campo de vítimas em potencial.

Os gamers se tornaram uma das principais vítimas. Muitos deles acabam sendo persuadidos ou enganados e acabam baixando programas acreditando que vão melhorar a performance no jogo.

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Técnica “SIM swap” também avança entre hackers

Na última segunda-feira (24), o jogador profissional do game online League of Legends (LoL), Yiiliang Peng, relatou ter perdido US$ 200 mil em criptomoedas.

Em seu canal no YouTube, dedicado a vídeos sobre o jogo, ele conta que provavelmente perdeu sua conta da exchange Coinbase por meio do número de celular usado para autenticação de dois fatores, a 2FA.

Antes do roubo, o jogador percebeu um comportamento estranho do sinal de celular, que ficava fora de área e não voltou a funcionar.

Ao entrar em contato com sua operadora, ele descobriu que seu chip de telefonia havia sido dado como roubado ou perdido, e o número transferido para outro dispositivo.

Yiliang diz que tentou acessar sua conta na exchange, mas seu nome de usuário e senha já haviam sido trocados. Resultado: ele perdeu cerca de US$ 200 mil (R$ 817 mil) em criptomoedas nas transações feitas pelo hacker.

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