Imagem da matéria: Binance revela plano de expansão para quase todos os continentes
(Foto: Shutterstock)

A Binance, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, planeja se instalar em quase todos os continentes, segundo o CEO da empresa, Zhao Changpeng (CZ). Ele falou sobre a expansão durante sua participação na ‘Consensus CoinDesk’, evento que aconteceu nesta quarta e quinta-feira (19 e 20) em Singapura.

De acordo com a Coindesk, CZ fechou o primeiro dia do evento como se fosse uma conversa informal onde discutiu vários tópicos, incluindo sua caminhada na Binance até chegar ao recente patamar.

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O executivo indicou que entre 2018 e 2019 ele quer expandir a Binance lançando de cinco a dez exchanges (fiat/criptomoeda) sendo duas por continente, como o que já está acontecendo em Singapura.

Depois de realizar testes off-line na terça-feira, CZ disse que a plataforma deve estar pronta e funcionando dentro de alguns meses, mas acrescentou que trabalhar com bancos e reguladores é muito mais difícil do que apenas com criptomoedas.

Essas novas filiais (fiat/criptomoeda) podem ser vistas como um novo caminho para a empresa, já que ela é conhecida como exchange de pares criptomoeda/criptomoeda.

Pensando desta forma, CZ admitiu que a capitalização de mercado das criptomoedas ainda é significativamente menor do que os instrumentos financeiros tradicionais.

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Ele disse:

“A [moeda] fiat ainda está onde todo o dinheiro está… E temos que abrir essa porta”.

Apesar dos planos ousados para os continentes, CZ acrescentou que a Binance não planeja desistir de trabalhar em países relativamente menores, citando parcerias recentes, como a de Malta.

A principal razão, explicou ele, é que esses países tendem a responder de maneira muito mais eficiente.

“Você pode ter acesso a funcionários de alto escalão desses governos e eles respondem às suas perguntas de maneira mais direta e eficiente. E apreciam o investimento que estão trazendo para a economia local”, explicou CZ.

O fundador da Binance classificou esse movimento como uma dinâmica mais para encontrar um ponto suave e equilibrado do que propriamente um eixo, afirmando que, no longo prazo, o objetivo ainda é construir uma instituição totalmente descentralizada quando a tecnologia amadurecer.

O plano fiat/criptomoeda deu-se após a Binance registrar boas receitas neste ano mesmo com a desaceleração geral do mercado de criptomoedas. O executivo confirmou que no primeiro trimestre deste ano a exchange fez US$ 200 milhões em lucros, embora tudo ainda esteja em criptoativos.

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Ele acrescentou que os lucros no segundo trimestre diminuíram devido a uma queda no mercado, porém, ainda foram resultados relevantes, de US$ 150 milhões.

A reportagem da Coindesk perguntou se CZ tinha preocupações com a volatilidade do mercado e se isso afeta significativamente os negócios da Binance.

Ele disse que vendeu sua casa em 2014 para comprar bitcoin e viu seu preço de US$ 600 despencar para US$ 200. Apesar da queda, ele não vendeu, acrescentando: “Depois disso, não me preocupo mais”.


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