Na semana passada ocorreu a histórica aprovação dos primeiros ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, com dez fundos estreando no mercado na quinta-feira. E de todos eles, o que talvez mais chama atenção dos investidores é o da BlackRock, a maior gestora do mundo.
Com mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão, a BlackRock agitou o mercado quando anunciou que entraria na disputa para ter um fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin. Isso porque, com seu tamanho, esperava-se que ela também movimentaria grandes quantias de BTC.
E o resultado realmente foi positivo. Em dois dias, a gestora registrou uma entrada de novo capital de US$ 497,7 milhões no seu ETF iShares Bitcoin Trust, segundo informações do analista de ETF da Bloomberg, Eric Balchunas.
Segundo o site oficial do fundo iShares da BlackRock, até o dia 12 de janeiro ele tinha 11.439,21980 BTC em carteira, o que equivalia a US$ 497,994 milhões. Além de US$ 49,187 em dinheiro.
LATEST: With two days in the books, the Nine Newborns have taken in +$1.4b in new cash, overwhelming $GBTC's -$579m of outflows for net total of +$819m. $IBIT now leading pack w/ half a bil, Fidelity close second tho. The newborns' $3.6b in trading volume on 500k indiv trades… pic.twitter.com/b7U5DjENaw
— Eric Balchunas (@EricBalchunas) January 13, 2024
Isso é praticamente um terço de todo valor arrecadado pelos ETFs de Bitcoin nos dois primeiros dias de negociação, de acordo com Balchunas, com um fluxo de US$ 1,5 bilhão no período para os nove fundos (excluindo o da Grayscale que é uma conversão de ETF e o da Hashdex que não estreou ainda).
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O analista da Bloomberg ainda divulgou que o ETF da Fidelity ficou em segundo lugar com maior volume, US$ 422,3 milhões em entradas, com a Bitwise em terceiro lugar, com US$ 237 milhões. O ETF da WisdomTree ficou em último, com apenas US$ 1 milhão em entradas.
CEO da BlackRock exalta as criptomoedas
Na esteira da aprovação dos ETFs, o CEO da BlackRock, Larry Fink, realizou uma série de entrevistas para exaltar o momento e falar sobre as criptomoedas. Ele elogiou o Bitcoin como uma reserva de valor e uma ferramenta para frustrar a manipulação econômica governamental.
“Sejamos claros: se você está em um país onde teme seu governo – e talvez seja uma das razões pelas quais a China o proibiu – se estiver em um país onde teme seu futuro, teme seu governo, ou tem medo de que seu governo esteja desvalorizando sua moeda por déficits excessivos, você poderia dizer que esta é uma ótima potencial reserva de valor a longo prazo”, disse ele à Fox Business.
Em uma entrevista para a CNBC, Fink disse também ver valor em um ETF de Ethereum. “Eu vejo valor em ter um ETF de Ethereum. Como eu disse, esses são apenas os primeiros passos em direção à tokenização”, concluiu.
No entanto, Fink evitou comentar quando perguntado sobre futuros ETFs baseados em outras criptomoedas, mais especificamente XRP. “Eu não posso comentar”, disse ele, “e você não quer que eu faça isso”.
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