Imagem da matéria: Manhã Cripto: AVAX decola 24% após parceria com JP Morgan; SEC adia decisão sobre ETF de Bitcoin da Hashdex
(Foto: Shutterstock)

mercado de criptomoedas opera com ganhos nesta quinta-feira (16) e mais uma vez se descola dos índices acionários globais, que recuam após o rali puxado pela expectativa de alívio monetário nos EUA, onde a inflação ao consumidor dá sinais de desaceleração

Enquanto traders de moedas digitais ficam de olho no potencial de fundos de índice (ETFs) com exposição direta a criptoativos, investidores de renda variável pisam no freio para analisar balanços. 

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Bitcoin sobe 4,2% em 24 horas, para US$ 37.317,12, segundo dados do Coingecko.    

Em reais, o BTC ganha 4,3%, negociado a R$ 182.982,36, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

Ethereum (ETH) avança 2,7%, cotado a US$ 2.042,05.  

As principais altcoins acompanham a valorização, entre elas BNB (+2,7%), XRP (+1,8%), Cardano (+10,4%), Dogecoin (+5,9%), Chainlink (+1,6%), Polkadot (+7%), Shiba Inu (+2,2%) e Toncoin (+5,2%). TRON (-0,4%) e Polygon (-3,3%) são negociadas em terreno negativo nesta manhã. 

Parceria da Avalanche e JP Morgan 

Avalanche (AVAX) lidera os ganhos entre as altcoins, com alta de 24% em 24 horas. Em sete dias, a criptomoeda já acumula alta de 77%. 

A demanda pelo token aumentou após a notícia de uma parceria da Avalanche com a Onyx, plataforma blockchain do gigante JP Morgan, e a Apollo Global, que busca explorar o potencial da tokenização na gestão de patrimônio e de ativos. A colaboração, sob o Projeto Guardian do banco central de Singapura (MAS), visa agilizar a gestão de portfólios, especialmente para ativos alternativos. 

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Rali da Solana 

Outra criptomoeda que caiu no gosto dos investidores é a Solana (SOL), que avança 9,3% em 24 horas e mostra alta de quase 48% em sete dias. O token, que bateu outro recorde anual, chegou a subir 18% após ser elogiado pela investidora Cathie Wood em entrevista à CNBC. Para a CEO da gestora Ark Invest, “Solana é ainda mais rápida” e barata do que o Ether, afirmou.  

Ao Wall Street Journal, Cathie Wood também destacou que os ETF de Bitcoin à vista vão facilitar o acesso à maior criptomoeda. A gestora continua otimista, prevendo que, na pior das hipóteses, o Bitcoin pode atingir US$ 650 mil e, na melhor, valer entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão no longo prazo.  

Bitcoin hoje 

A cautela no mercado acionário nesta quinta contrasta com o bom humor de traders de criptomoedas, mantendo a tendência dos últimos dias. 

Enquanto investidores de ações iam às compras na quarta-feira (15), animados com os dados de inflação nos EUA, o Bitcoin ficou à margem. A correlação de 30 dias entre o Bitcoin e o índice de ações globais MSCI está em menos 0,23, a menor leitura desde o início da pandemia em 2020, mostram dados da Bloomberg. 

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No entanto, a expectativa de aprovação de ETFs à vista continua a ser a narrativa predominante, mesmo sem um sinal verde da SEC, a CVM dos EUA. 

A agência mais uma vez adiou a decisão sobre a aprovação de um fundo com exposição direta ao Bitcoin da gestora brasileira Hashdex, que quer converter seu ETF de futuros de BTC em um fundo à vista, de acordo com um documento publicado no site do regulador na quarta-feira (15). 

A SEC tinha até 17 de novembro para responder ao pedido da gestora cripto, que foi apresentado em setembro. A agência adiou a decisão para 2024, assim como para outros pedidos de ETFs de Bitcoin à vista na fila. 

Quem também terá que esperar uma resposta da SEC será a Grayscale, que busca lançar um ETF atrelado a contratos futuros de Ethereum. 

Binance mira exchange na Tailândia 

A Binance prepara o lançamento de uma exchange de criptomoedas na Tailândia no início de 2024 por meio de uma joint venture com uma unidade da Gulf Energy Development. 

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Em documento enviado à Bolsa de Valores da Tailândia, a Gulf Energy Development disse que a Gulf Binance – a joint venture criada pela Binance e a Gulf Innova – obteve a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários do país para iniciar as operações. 

Em maio, a Gulf Binance recebeu uma licença do Ministério das Finanças da Tailândia para se tornar uma operadora de ativos digitais regulamentada pela CVM do país. 

Em outra novidade entre exchanges de criptomoedas, a OKX, que vai iniciar operações no Brasil, seguiu o exemplo da Coinbase e criou sua própria blockchain. 

Enquanto isso, o fundo nacional de pensão da Coreia do Sul comprou quase US$ 20 milhões em ações da Coinbase, que é a maior corretora cripto dos EUA. 

Outros destaques das criptomoedas 

A Paxos recebeu uma licença preliminar de reguladores para oferecer serviços de tokens de pagamento digital em Singapura, informou a empresa em comunicado compartilhado pelo CoinDesk na quarta-feira (15). A Paxos prevê uma parceria com clientes empresariais para emitir uma nova stablecoin lastreada em dólar. 

Aliás, o banco central de Singapura (MAS) se mostra otimista sobre o potencial das stablecoins e moedas digitais de bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês). Durante o Singapore Fintech Festival, o diretor-gerente do MAS, Ravi Menon, disse que esses dois tipos de ativos digitais, e não as criptomoedas, farão parte do ecossistema financeiro no futuro. 

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O Fundo Monetário Internacional faz coro. Também em Singapura, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, pediu que os países sejam mais proativos no desenvolvimento das CBDCs, segundo a Reuters. “Podemos estar num ponto em que o setor público precisa oferecer um pouco mais de orientação”, afirmou. 

No mercado de tokens não fungíveis (NFTs), o clube Paris Saint-Germain e a grife Blvck Paris fecharam um acordo que une esporte, moda e arte digital, anunciaram as empresas em comunicado na quarta-feira (15). A coleção inclui roupas físicas, mas é liderada por um lançamento de moda digital por meio de NFTs distribuídas pela exchange Crypto.com.  

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