Com o recente rali de 30% em duas semanas, o Bitcoin (BTC) caminha para completar a chamada “Cruz de Ouro”, o que não acontece desde fevereiro e reforça o atual cenário de otimismo no mercado de criptomoedas.
A “cruz de ouro” é uma figura gráfica registrada quando a média móvel de 50 dias de um ativo supera a média móvel de 200 dias, indicando uma tendência de alta pela frente.
Até o momento, a média de 50 dias do BTC é de US$ 27.714, enquanto a de 200 dias está em US$ 28.174, segundo dados da plataforma TradingView. O Bitcoin saltou 30% em duas semanas, chegando a superar US$ 35 mil, sua máxima em 17 meses.
Esse movimento de alta foi puxado por uma empolgação do mercado de que o primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista (spot) deve ser aprovado em breve pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
E segundo o JPMorgan, a valorização foi puxada também por investidores institucionais. “Parece que este último impulso de fluxo teve participação institucional”, escreveram os analistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglou.
A análise do banco é sustentada pelo mercado de futuros de criptomoedas: “Nossa proxy de posição futura baseada em futuros de Bitcoin da CME, que tende a ser usada principalmente por investidores institucionais, disparou na semana passada, subindo não apenas para o nível mais alto deste ano, mas também para níveis vistos pela última vez em agosto de 2022, antes do colapso da FTX ”, disseram os analistas.
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A “cruz de ouro” do Bitcoin
A marca da “cruz de ouro” indica que a dinâmica de preços de curto prazo está superando a de longo prazo, o que pode levar a um “bull run”. Por outro lado, historicamente, esse movimento não tem uma indicação precisa.
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Até hoje o BTC registrou nove vezes a “cruz de ouro”, mas em três delas, o movimento foi invalidado três meses depois com o registro de uma “cruz da morte“. Enquanto isso, em outras três ocasiões o Bitcoin, 12 meses após atingir a “cruz de ouro”, registrava valorização de mais de 100%.
Esse rali do Bitcoin também fez com que sua dominância no mercado atingisse uma nova máxima de 30 meses, chegando a 54,4%, o que não ocorre desde abril de 2021, segundo dados do TradingView.
O índice passou quase dois anos oscilando entre 39% e 49% antes de sair dessa faixa em meados de junho, coincidindo com o momento em que o BTC superou o nível de US$ 30 mil.
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