Imagem da matéria: SUI desaba para pior preço da história em meio a denúncia de manipulação
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SUI, o token nativo da blockchain proof-of-stake (PoS) de mesmo nome, enfrentou outra queda significativa de preço nas últimas 24 horas, caindo para uma baixa histórica de US$ 0,36 nas primeiras horas desta quarta-feira (18).

A altcoin conseguiu subir de volta para US$ 0,38 no momento da publicação, ainda registrando uma queda de 5,5% no valor no dia. Na semana, SUI caiu 8,7%, de acordo com o CoinGecko.

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A espiral descendente do preço do ativo acontece em meio à publicação de relatórios mostrando que a Fundação Sui teria manipulado o fornecimento de tokens SUI. A fundação refutou as acusações em uma declaração ao Decrypt, com um porta-voz descrevendo-as como “declarações infundadas e materialmente falsas em torno do fornecimento de tokens SUI.”

A fundação acrescentou que, “ao contrário da conjectura recente, nunca houve qualquer venda de tokens SUI pela Fundação após as distribuições iniciais do Programa de Acesso à Comunidade (CAP).”

O token SUI é usado para pagar taxas de gás por transações, staking e governança da rede. De acordo com a fundação por trás do projeto, metade do fornecimento dos tokens, que é limitado a 10 bilhões, é alocada para a Reserva Comunitária — um fundo gerido pela Fundação Sui, com o restante do token distribuído entre os primeiros contribuintes do projeto, investidores, o principal desenvolvedor da rede, Mystem Labs, bem como o Programa de Acesso à Comunidade.

Lançada em maio deste ano, a blockchain Sui foi anunciada como “a primeira blockchain de primeira camada e plataforma de contratos inteligentes projetada de baixo para cima para tornar a propriedade de ativos digitais rápida, privada, segura e acessível a todos”.

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Como os boatos começaram

Na terça-feira, o deputado Min Byeong-Deok, do Partido Democrata da Coreia do Sul, alegou que a Fundação Sui explorou as reservas de moedas SUI trancadas através de staking para gerar lucros, ao mesmo tempo que inundava o mercado com mais moedas para inflacionar a sua oferta circulante.

Apontando para o fato de que o preço do SUI caiu 67,1% em cinco meses após as listagens nas principais exchanges locais, Min também criticou a Digital Asset eXchange Alliance (DAXA) por não tomar nenhuma ação para resolver o declínio dos preços, o que causou “muita insatisfação dos investidores.”

Ele comparou o fracasso do órgão consultivo coreano em tomar quaisquer medidas para “como deixar o peixe para o gato comer”.

“A principal razão para a queda nos preços do Sui é a questão da distribuição, mas a DAXA não está tomando medidas”, disse Min. “A Fundação Sui pagou juros próprios fazendo staking de criptomoedas que não deveriam ter circulado.”

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O deputado alegou ainda que a Fundação Sui pagou juros próprios fazendo staking de criptomoedas que não deveriam ter circulado, vendendo os tokens recebidos como juros no mercado. Citando um relatório do professor da Universidade Hansung, Cho Jae-woo, membro consultivo da DAXA, Min disse que os lucros da Fundação recebidos como juros chegam a US$ 2,8 milhões.

O Presidente do Serviço de Supervisão Financeira da Coreia do Sul (FSS), Lee Bok-hyun, indicou que, caso sejam confirmadas as alegações de manipulação do volume de distribuição através de staking ou divulgação desleal, o regulador mandará a DAXA inspecioná-lo.

Fundação diz que oferta de tokens está correta

A Fundação Sui — uma organização independente dedicada à adoção da rede Sui — compartilhou ainda com o Decrypt que o cronograma de fornecimento circulante do token SUI, que é apresentado em seu site e disponível através das APIs públicas, “está correto.”

“A fundação Sui nunca liquidou nenhum token SUI, incluindo recompensas de staking, além do estabelecido acima”, disse o porta-voz, ao mesmo tempo em que destacou que a blockchain Sui foi desenvolvida por líderes de tecnologia da Meta, que anteriormente eram responsáveis pela blockchain Libra e pela linguagem de programação Move.

“Estes são alguns dos tecnólogos mais respeitados nas áreas de sistemas distribuídos, linguagens de programação e criptografia”, acrescentou o porta-voz da Fundação Sui.

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A Coreia do Sul, às vezes chamada de foco do setor cripto na Ásia devido à forte popularidade das criptomoedas no país, tem trabalhado ativamente para regulamentar o mercado de criptoativos para garantir a segurança dos investidores e prevenir atividades ilegais, após o colapso no ano passado do ecossistema Terra (LUNA), criado pelo sul-coreano Do Kwon.

Leia também: De US$ 40 bilhões a zero: quem é Do Kwon, o homem que deu um golpe mundial com a criptomoeda LUNA

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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