Ressurgiu nesta semana no X, antigo Twitter, um vídeo do desenvolvedor de software americano e pioneiro do Bitcoin, Hal Finney, falando sobre as provas de conhecimento zero (“zero-knowledge proof”, em inglês).
As imagens são retiradas da 18ª Conferência Internacional de Criptologia, também conhecida como “Crypto ’98”, que aconteceu em 1998 na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (EUA).
“Quero provar a vocês que eu conheço uma mensagem que gera um valor de hash dado usando o valor de hash SHA-1. Não quero revelar nada sobre a mensagem para vocês. É uma prova de conhecimento zero, e eu escrevi um programa para fazer isso que vou explicar”, começa Finney.
📽️ NEW: Bitcoin legend Hal Finney discusses Zero-Knowledge Proofs in a newly unearthed presentation, made 25 years ago at Crypto '98 in Santa Barbara.
— Trust Machines (@trustmachinesco) September 20, 2023
Have you ever heard @halfin's voice before? 🤯 pic.twitter.com/HdddworTsg
Mais tarde na palestra, ele elogia e credita Ronald Cramer e Ivan Damgard por terem inventado o sistema de prova de conhecimento zero que ele está demonstrando. “Eles apresentaram isso na quinta-feira nesta conferência, ‘Provas de conhecimento zero para aritmética de campo finito'”, disse Finney, chamando-o de “muito eficiente e bastante flexível”.
No mundo das criptomoedas, as provas de conhecimento zero são um tipo de protocolo usado para ajudar a proteger e escalar uma rede blockchain. Elas são mais notavelmente empregadas em rollups.
Rollups são um tipo de solução de escalonamento que “agrupa” várias transações juntas. A transação final é apresentada à blockchain como uma única transação.
Existem dois principais tipos de rollups: Optimistic e Zero-Knowledge. Rollups do primeiro tipo assumem que todas as informações agrupadas são válidas, permitindo que observadores contestem qualquer transação e a submetam aos validadores da rede Ethereum para confirmar e corrigir quaisquer erros.
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Rollups de Conhecimento Zero (zk-rollups), por outro lado, dependem da criptografia de prova de conhecimento zero, que permite que um detalhe importante, como a idade de alguém, seja matematicamente comprovado sem divulgar informações adicionais, como a data de nascimento dessa pessoa.
Hal Finney, o pioneiro do Bitcoin
Harold Thomas Finney II nasceu na Califórnia em 1956 e faleceu no Arizona em 2014 devido a complicações causadas pela Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Fiel às suas ideias futuristas, seu corpo foi criopreservado pela Fundação de Extensão de Vida Alcor.
Em 11 de janeiro de 2009, Finney twittou que estava “rodando o Bitcoin”, o que, se verdadeiro, poderia significar que ele foi a segunda pessoa a executar o software do Bitcoin depois do criador da moeda, Satoshi Nakamoto.
No dia seguinte, ele recebeu 10 BTC de Nakamoto – a primeira transação de Bitcoin concluída. Dada a escassez de detalhes sobre a identidade de Nakamoto, alguns na comunidade Bitcoin hoje acreditam que Finney provavelmente era Satoshi – ou pelo menos um dos desenvolvedores por trás do pseudônimo.
No final do ano passado, a conta de Twitter de Finney voltou à vida após uma década de inatividade: “Este é Fran Finney”, twittou a viúva de Finney sob o nome de usuário do Twitter dele. “Estou twittando por Hal para evitar que sua conta seja excluída por Elon.”
Finney também mencionou os NFTs duas décadas antes de elas surgirem de fato.
*Traduzido com autorização do Decrypt.
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