Imagem da matéria: Manhã Cripto: Token da Curve despenca 12% após invasão de hackers; Bitcoin (BTC) estaciona abaixo de US$ 30 mil em busca de catalisador  
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O mercado de criptomoedas começa a segunda-feira (31) sem rumo definido em meio a mais um ataque de hackers contra um protocolo de finanças descentralizadas (DeFi), a plataforma Curve, com perdas estimadas em até US$ 40 milhões. 

Nas bolsas globais, traders de ações buscam mais pistas sobre o rumo dos juros nas maiores economias do mundo após o aumento da taxa básica pelo Federal Reserve na semana passada. Na zona do euro, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, não descartou novas altas. 

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O Bitcoin (BTC) mostra estabilidade nas últimas 24 horas, com leve alta de 0,4% e cotado a US$ 29.393, segundo dados do Coingecko. 

Em reais, o BTC sobe 0,04%, negociado a R$ 140.002, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) recua 0,3%, para US$ 1.869. A segunda maior criptomoeda marca seu oitavo aniversário com capitalização de mercado acima de US$ 225 bilhões nas últimas 24 horas. 

Mas os maiores investidores de ETH, as chamadas baleias, estão diversificando seus criptoativos e já contam com 12% de Shiba Inu nas carteiras. Enquanto isso, desenvolvedores iniciaram testes com uma ponte (“bridge”) para a transferência de tokens entre a rede Shibarium, prestes a ser lançada, e blockchain do Ethereum, segundo o CoinDesk.  

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O token SHIB perde 1% nas últimas 24 horas, tendência acompanhada por outras altcoins, entre elas XRP (-3%), Dogecoin (-0,8%), Cardano (-0,8%), Solana (-1,7%), Polkadot (-0,9%), Polygon (-1,5%) e Avalanche (-0,9%). BNB sobe 0,5%. 

Hackers atacam Curve 

CRV, token nativo da Curve Finance, uma das principais exchanges descentralizadas, mergulha 12,6% nas últimas 24 horas. A plataforma informou que foi alvo de uma invasão como resultado de uma vulnerabilidade em uma linguagem de programação. 

Curve consiste em cestas de liquidez baseadas em contratos programáveis (smart contracts) no Ethereum. Sua vantagem é oferecer serviços a outros protocolos de finanças descentralizadas. 

Uma falha em uma versão específica do Vyper – uma linguagem de programação semelhante ao Python e amplamente usada em aplicativos DeFi – levou à invasão, segundo tuíte da Curve no domingo (30). 

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A BlockSec, que fornece serviços de auditoria de segurança para software cripto, estimou que o hack já gerou mais de US$ 40 milhões em perdas, de acordo com dados publicados pela Bloomberg. Tarun Chitra, diretor-presidente e fundador da empresa de modelagem de risco cripto Gauntlet, estimou que os hackers roubaram cerca de US$ 20 milhões em CRV e uma versão do ETH. 

“Estamos avaliando a situação e atualizaremos a comunidade à medida que as coisas se evoluírem”, disse a Curve. 

O valor total dos ativos bloqueados na Curve Finance – a maior exchange descentralizada depois da Uniswap – recuou para cerca de US$ 1,7 bilhão nesta segunda-feira (31) em relação a mais de US$ 3 bilhões no domingo, segundo cálculos do provedor de dados DeFiLlama. 

O fundador da Curve, Michael Egorov, ainda não respondeu a um pedido de comentário da Bloomberg. 

De acordo com o CoinDesk, mais de $ 100 milhões em criptomoedas ainda estão em risco devido ao “bug” no Vyper. 

Diante da ameaça, a exchange cripto sul-coreana Upbit decidiu suspender as negociações com a criptomoeda da Curve, enquanto outras corretoras monitoram as operações antes de tomar uma decisão. 

Em contraste ao desempenho negativo do CRV, o UNI, token nativo da rival Uniswap, avança 2,4% nas últimas 24 horas. 

Bitcoin hoje 

À margem da volatilidade dos tokens de plataformas descentralizadas, o Bitcoin segue adormecido e, por enquanto, indiferente ao cenário macroeconômico. 

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Apesar disso, analistas esperam maior oscilação dos preços e possível valorização da maior criptomoeda antes do fim do ano, diante da expectativa da aprovação de fundos de índice (ETFs) de Bitcoin à vista e do chamado “halving” em 2024, que vai reduzir a oferta de BTC pela metade, destaca análise do CoinDesk. 

Joe DiPasquale, CEO da BitBull Capital, uma gestora de fundos cripto, disse que a capacidade do Bitcoin de ignorar fatores macroeconômicos, ou mesmo eventos técnicos significativos como o hack da Curve Finance, gera uma percepção positiva no mercado. 

Outros destaques das criptomoedas  

A SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA, pediu à Coinbase para suspender a negociação de todas as criptomoedas com exceção do Bitcoin antes de abrir um processo contra a exchange cripto americana no mês passado. O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, disse ao Financial Times que a SEC fez a recomendação antes de iniciar a ação legal contra a empresa listada na Nasdaq, por não ter se registrado como corretora.  

No processo, a SEC identificou apenas 13 tokens como valores mobiliários, mas a Coinbase oferece a negociação de mais de 200 ativos digitais, de acordo com o FT.  

Segundo Armstrong, a SEC teria dito: “(…) Acreditamos que todos os ativos que não sejam bitcoin são valores mobiliários”, apontou o executivo. “E nós dissemos, bem, como vocês chegaram a essa conclusão? Porque essa não é a nossa interpretação da lei. E eles disseram, não vamos explicar isso para vocês; vocês precisam excluir todos os ativos que não sejam bitcoin”, acrescentou. 

Também sob pressão regulatória nos EUA, a Binance conseguiu uma licença para operar em Dubai. A maior exchange cripto do mundo cumpriu as pré-condições após receber uma autorização preliminar em setembro do ano passado, segundo comunicado da empresa nesta segunda-feira (31).  

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No mercado holandês, a Binance e a Coinbase não tiveram a mesma sorte, mas a rival Crypto.com obteve autorização do banco central do país para operar como provedora de serviços de ativos digitais. A Crypto.com também conseguiu licenças em Dubai, Reino Unido e França sob o nome corporativo Foris DAX Global Ltd.

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