A Ledger, principal fabricante de carteiras hardware de criptomoedas, com sede em Paris, na França, vendeu 1 milhão de unidades do produto no ano passado, o que lhe gerou um lucro de US$ 29 milhões.
O presidente da companhia, Pascal Gauthier, disse à Forbes que o sucesso de vendas aconteceu devido à falta de plataformas seguras na Web, mas ressaltou que o Blockchain, em si, é seguro, porém há uma chave que se o usuário perder não há qualquer forma de recuperar os criptoativos.
A Ledger deu um salto extraordinário em recursos. A primeira rodada de financiamentos do projeto foi de US$ 7 milhões, a segunda, no início deste ano, foi de US$ 75 milhões.
Esse financiamento, dez vezes maior que que o inicial, foi liderado pelo investidor Tim Draper, que foi um dos investidores no Hotmail, Skype, Twitch.TV, Tesla e também conhecido por ter comprado 30 mil BTCs remanescentes do Silk Road.
É provável que numa próxima rodada de financiamento a empresa tenha mais novidades ainda, pois, segundo a Forbes, que citou fontes anônimas, Samsung, Siemens e Google já estão de olho no negócio da Ledger.
Essas e outras empresas acreditam que o aumento na demanda pelo produto da Ledger só deve crescer, considerando que a primeira licitação da empresa foi especificamente para melhorar sua infraestrutura e criar produtos com foco no varejo e também para investidores individuais.
“A empresa vai se concentrar no fornecimento de produtos para investidores institucionais de larga escala, cuja entrada no setor de criptomoedas é considerada iminente”, disse Gauthier, que citou a Coinbase.
A Ledger pretende, a longo prazo, criar um meio diferenciado e seguro que até mesmo grandes instituições mantenham bitcoins, ethereums e tokens sem depender de provedores de serviços terceirizados.
“Você precisa pensar em soluções para todos, nas grandes e pequenas instituições. Há filas de pessoas no comércio querendo comprar uma Ledger”, comentou Gauthier.
- Leia também: Justiça Brasileira Ordena Prisão de Sócios de Pirâmide Financeira que Operava com Bitcoin