O candidato ao Senado dos Estados Unidos pelo Partido Republicano Austin Petersen foi obrigado a recusar uma doação para sua campanha eleitoral no valor de US$ 130 mil em Bitcoin, conforme relatou em um post em sua página pessoal no Facebook.
A explicação é bem simples. Segundo as leis eleitorais americanas ditadas pela Comissão Federal Eleitoral (FEC), aspirantes a cargos políticos não podem receber mais do que US$ 5.400 ao ano por cada doador individual
Pelo Facebook o candidato avisou:
“Para quem tentou nos doar US$ 130.276 em Bitcoin no sábado, nós tivemos que recusar. Por favor, doe [no máximo] US$ 5.400 para cumprir com os regulamentos da FEC”.
Petersen é um conservador libertário, que tenta uma vaga pelo estado do Missouri. Ele começou a aceitar doações em Bitcoin no ano passado por meio do BitPay. Na ocasião ele twittou sobre o assunto. Ele se mostrava empolgado com o mercado de criptomoedas e disse que o novo modelo financeiro representava um senso libertário.
“A influência disruptiva do Bitcoin é exatamente o que nosso sistema financeiro precisa neste momento. Por muito tempo, o governo federal teve controle exclusivo sobre a moeda, impedindo a concorrência e o crescimento e limitando erroneamente a escolha do consumidor — um fato que todos saberíamos se o Banco Federal (FED) estivesse sujeito ao mesmo tipo de auditoria que as empresas privadas. A criptomoeda representa o futuro da criatividade e da liberdade americana, e eu estou muito feliz em aceitar doações de campanha nesta forma”, disse Petersen.
Esta não foi a primeira vez que o candidato teve que rejeitar uma grande doação de bitcoin. No ano passado ele relatou à CCN que sua campanha foi duas vezes forçada a recusar doações de aproximadamente US$ 250 mil por exceder o limite da FEC em contribuições de campanha individuais.
Em fevereiro deste ano, Petersen aceitou a maior doação individual de bitcoin na história das eleições federais dos Estados Unidos. O donativo de 0,284 BTC foi avaliado em US$ 4.500 naquele período, US$ 900 abaixo do limite estipulado pelo órgão eleitoral.
Muitos políticos nos Estados Unidos têm adotado a estratégia na arrecadação de fundos através de doação em criptomoedas. O pioneiro foi o também republicano Andrew Hemingway que iniciou a tendência em 2014 e aos 32 anos tornou-se o mais jovem candidato a governador na história de New Hampshire e o primeiro a aceitar doações em bitcoin.
De acordo com uma reportagem da CNBC em março deste ano, todas as contribuições feitas a Hemingway chegaram a 20% de todo o fundo arrecadado durante as campanhas nas quais ele participou.
O estado de Nova Hampshire adotou o Bitcoin a muito tempo e é um dos lugares que possuem mais entusiastas libertários em toda a américa.
Outros candidatos também já promoveram suas intenções de arrecadação de fundos em criptomoedas, como o democrata Brian Forde e o republicano Kelli Ward. O primeiro candidato à presidência dos Estados Unidos a aceitar contribuições em bitcoins foi o senador republicano do Kentucky, Rand Paul.
A FEC aprovou o meio de doação em 2014, determinando que este deveria ser tratado como “doações em espécie”.
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