Imagem da matéria: Terceiro Maior Banco dos EUA Proíbe Compra de Criptomoedas com Cartão de Crédito
(Foto: Shutterstock)

Wells Fargo & CO., um dos maiores bancos dos Estados Unidos, proibiu a compra de criptomoedas por meio dos cartões de crédito da instituição na segunda-feira (11), conforme a rede CBS News, que recebeu o comunicado da companhia via e-mail.

De acordo com o aviso, Shelley Miller, porta-voz da Wells Fargo, diz que após esse parecer o banco fará novas análises à medida em que o mercado for evoluindo.

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“Esta decisão está em consonância com a indústria como um todo, que observa múltiplos riscos associados a este investimento volátil”, diz a nota.

O banco agora faz parte da lista de instituições financeiras dos Estados Unidos que já havia limitado o uso de seus cartões de crédito para este fim, como o JPMorgan Chase, Bank of America e Citigroup, que restringiram as compras de criptomoedas no início do ano.

O principal motivo dessas deliberações são as preocupações com eventuais calotes dos clientes que muitas vezes, ao investir no mercado de criptomoedas, não consegue pagar a dívida devido a quedas no valor dos criptoativos.

O Bitcoin, a criptomoeda mais negociada, perdeu mais da metade de seu valor em 2018. Após quase bater a casa dos US$ 20 mil em dezembro do ano passado, nesta segunda-feira o preço ficou na média de US$ 6.700,00, segundo a CoinMarketCap, uma queda de 20% num período de aproximadamente 30 dias.

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No ano passado, cerca de 18% dos usuários de cartões de crédito usaram o método de pagamento para adquirir criptomoedas, segundo pesquisa realizada pela plataforma LendEDU. Dessa porcentagem, 22% não conseguiram pagar a dívida contraída.

No início de maio, a Mastercard afirmou que a queda no volume de compras de criptomoedas por meio do sistema de pagamento da companhia foi responsável por um leve impacto no crescimento da empresa no primeiro trimestre deste ano.

Na ocasião, a consultora financeira da empresa, Martina Hund-Mejean, disse que o declínio foi reflexo da recente queda em compras de criptomoedas com o sistema de pagamentos da empresa.

“Nossos clientes podem usar o Mastercard para fazer isso, mas recentemente alguns bancos proibiram a prática. Esperamos que o crescimento transnacional se modere um pouco”, ressaltou Hund-Mejean.

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Porém, não são só os calotes que preocupam as instituições. Uma dos maiores receios são casos de invasão hacker, como aconteceu numa das maiores bolsas do Japão, a Coincheck. Em janeiro a corretora foi invadida por cibercriminosos que roubaram cerca de 500 milhões de XEMs da blockchain NEM, equivalentes, à época, a cerca de R$ 1,6 bilhão.

 

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