Imagem da matéria: Procura por Bitcoin na Venezuela Dispara com Inflação de 14.000% no País
(Foto: Shutterstock)

A crise da Venezuela não atingiu o mercado de criptoativos. Ao contrário disto, houve um aumento significativo do uso de Bitcoin pelos venezuelanos. A razão pode estar ligada a forte desvalorização do Bolívar (moeda venezuelana).

A inflação na Venezuela já beira aos 14000% e afeta diretamente o poder de compra de venezuelanos. À medida em que os preços tem subido, entretanto, tem se constatado uma disparada nas transações de Bitcoin a partir dos Bolívares, segundo dados da Localbitcoins.

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Só essa semana foram negociados cerca de 7.686 bilhões de Bolívares, equivalentes a 487 Bitcoins. Bom atentar que a alta de transações de bolívares para Bitcoins não representa maior volume da moeda criptografada.

O Bolívar perdeu seu poder de compra, ou seja, cada unidade de Bolívar hoje vale bem menos de quando ocorreu o primeiro boom de criptomoedas na Venezuela, em abril de 2017. Naquela época se transacionou um total de 3.858 milhões de Bolívares, o que resultaria em 805 Bitcoins.

O fato é que o Fundo Monetário Internacional previu uma inflação de 2.200% para o final do ano de 2017 e ela resultou em 2.616%. Atualmente, o mesmo FMI afirma que a taxa inflacionária da moeda venezuelana deve chegar a um percentual de 14 mil.

Um outro ponto relevante é a própria oscilação da criptomoeda. Em abril de 2017, o Bitcoin não passou de um pouco mais de mil dólares e hoje está valendo pelo menos quatro vezes mais de que naquele período.

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Os números não mentem. Mas podem criar uma ilusão. Analisar o mercado apenas pelo volume negociado de moedas pode ser um tanto perigoso, ainda mais se tratando de Bolívares e Bitcoins.

Menos zeros na nota

O governo de Nicolas Maduro está tendo trabalho para tentar conter a crise. A última proposta da Venezuela foi de fazer uma revisão cambial adiada para remover três zeros do Bolívar desvalorizado.

Originalmente planejado para ocorrer em 04 de junho, a revisão da moeda foi adiada para que o setor bancário  tivesse mais tempo para se preparar para novas cédulas bancárias e sistemas de transação.

A questão é que o FMI espera que os preços ao consumidor subam quase 14.000% este ano e isso aumentaria ainda mais o colapso cambial apocalíptico se levar em conta que as pessoas têm dificuldades até mesmo para consumir produtos de necessidade básica como alimentos.

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A confiança no Estado está cada vez menor e isso se reflete a partir do momento em que venezuelanos procuram alternativa de utilizarem criptoativos no lugar da moeda oficial. Maduro, contudo, talvez tenha entendido errado ao lançar a “Petro”. Mesmo com lastro em commodities de nada vale essa moeda criptografada sem que haja a confiança dos investidores nela. Enquanto isso, o Bolívar muda de layout, perde zeros e valor.

 

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