Vitalik Buterin, criador e fundador do Ethereum, disse que a rede poderá processar 1 milhão de transações por segundo e com uma potencialização para mais de 100 milhões, de acordo com um vídeo publicado no canal OmiseGO no final de maio.
No vídeo, Buterin aparece brincando de ‘Go’ com amigos, um jogo de tabuleiro muito popular na China, criado há 2500 anos.
Aproveitando o momento de descontração, o grupo de oito pessoas abre um especial de férias com um AMA (Ask Me Anything), em português significa ‘pergunte-me qualquer coisa’.
Durante o AMA, o fundador do Ethereum afirmou que os desenvolvedores estão atualmente testando a segunda camada das novas soluções de escala na rede, o que pode tornar o Ethereum capaz de suportar aplicativos descentralizados de larga escala e com milhões de usuários.
“A razão pela qual eu acho que a camada 1 e a camada 2 (redes) são complementares, é porque, em última análise, matematicamente, os ganhos de escalabilidade dessas camadas se multiplicarão”, disse Buterin.
Ele disse também que, se você tiver uma solução de Sharding, ela poderá aumentar a escalabilidade do Ethereum em um fator de 100 ou, eventualmente, até mais.
Sobre o Plasma, ele se afirmou:
“Se você fizer o Plasma no topo da solução de escalabilidade, então você não está apenas fazendo 100 vezes a quantidade de atividade, mas você está fazendo 100 vezes a quantidade de entrada”.
Sharding e Plasma, a otimização do blockchain
O protocolo Sharding foi criado para dividir a rede blockchain do Ethereum em fragmentos. A fragmentação em divisões específicas de uma rede blockchain para ‘shards’ é então equipada com um grupo de nodes encarregados de processar suas informações.
Com o Sharding ativado, todos os nodes no blockchain não precisam processar todos os dados ali resolvidos, otimizando o processo de configuração de informações. O Plasma cria pequenas redes dentro do blockchain original para um processamento mais rápido das informações.
Sobre o Plasma, que é uma solução desenvolvida por Buterin e Joseph Poon, ele opera similarmente ao Lightning Network do Bitcoin, pois permite que a rede Ethereum processe micropagamentos alavancando a segurança do sistema, não deixando, assim, a rede vulnerável a possíveis ataques, conforme a análise da CCN.
Buterin salientou, ainda, que as ações simultâneas da sinergia entre as soluções da camada 1 e da camada 2 aumentaria a escalabilidade do Ethereum em 10.000x, permitindo que a rede processasse milhões de transações por segundo e suportando a maioria das aplicações.
“Então, se você obter 100x de Sharding e 100x de Plasma, os dois basicamente dão a você um ganho de escalabilidade de 10.000x, o que significa que todos os blockchains serão poderosos o suficiente para lidar com a maioria das aplicações”, acrescentou Buterin.
Escalabilidade da Ethereum
Buterin já enfatizou em várias conferências que o protocolo blockchain Ethereum e as redes blockchain descentralizadas, em geral, estão lutando para lidar com questões de escalabilidade.
No ano passado, durante uma entrevista com o investidor de capital de risco, Naval Ravikant, na conferência Disrupt SF 2017, ele observou que o Bitcoin e o Ethereum processavam de três a seis transações por segundo em capacidade máxima.
Ele acrescentou que, para o blockchain suportar redes de pagamento em larga escala, como a rede cartões Visa, bolsas de valores como a Nasdaq e as redes de Internet das Coisas (IoT), terá que processar centenas de milhares de transações por segundo.
Na ocasião, sobre o blockchain do Bitcoin ele falou:
“Atualmente o Bitcoin está processando um pouco menos de três transações por segundo e, se chegar perto de quatro, já está com capacidade máxima”.
Comparou ao blockchain do Ethereum:
“O blockchain do Ethereum tem feito cinco transações por segundo e, se ultrapassa seis, então ele também está no pico de capacidade.
Buterin finalizou citando as redes tradicionais:
“Por outro lado, o Uber faz, em média, 12 viagens por segundo, o PayPal centenas de transações, o Visa milhares, as principais bolsas de valores dezenas de milhares e o IoT centenas de milhares por segundo”, disse Buterin, em um vídeo no Youtube publicado pelo canal TechCrunch em set de 2017.
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