A polícia internacional Interpol irá criar uma unidade especializada em combate aos crimes envolvendo criptomoedas. A informação foi divulgada nesta terça-feira (18) pelo jornal indiano Business Standard, que aponta que o novo time da autoridade policial irá ficar baseado em Singapura, país que reúne algumas das principais corretoras globais de criptomoedas.
Conforme afirma a reportagem, o anúncio foi feito em coletiva de imprensa feita pela Interpol na cidade de Nova Déli, que irá sediar entre esta terça-feira (18) e a próxima (25) a 90ª assembleia geral da Interpol.
Jürgen Stock, secretário geral da Interpol, disse que a medida é importante, “pois muito frequentemente, as autoridades não estão devidamente preparadas e equipadas” para combater esses crimes”.
O chefe da instituição ainda disse que “criptomoedas estão surgindo como uma grande ameça ao redor do mundo”.
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Interpol e o caso Terra (LUNA)
Os caminhos de Interpol e criptomoedas se encontraram no caso Terra (LUNA). Autoridades da Coreia do Sul pediram em setembro desse ano que a polícia internacional emitisse um “alerta vermelho” contra Do Kwon – trata-se do criador da blockchain Terra, que colapsou em maio deset ano.
No dia 25, a Interpol atendeu o pedido da Coreia do Sul. Kwon é acusado de violar as regras do mercado de capitais e enfrenta processoss legais em várias jurisdições.
De acordo com o comunicado dos promotores sul-coreanos, um alerta vermelho para o cofundador da Terraform Labs foi emitido, o que significa que as agências de aplicação da lei em todo o mundo passaram a cooperar para localizar e prender o fundador da LUNA.
Os alerta vermelhos da Interpol são emitidos para fugitivos procurados para acusação ou para cumprir uma sentença, atuando como um pedido para as autoridades em todo o mundo localizar e prender provisoriamente uma pessoa pendente de extradição, entrega ou ação legal similar.