Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) reage e avança mais de 3%; EUA investigam Elon Musk e token de corretora tem alta semanal de 80%
Fundador da Tesla, Elon Musk

Investidores globais puxam um rali de ativos de risco nesta sexta-feira (14), o que impulsiona criptomoedas e ações. Apesar dos dados negativos sobre a inflação nos EUA divulgados ontem, analistas e traders apontam diversos fatores por trás dos ganhos, desde níveis técnicos até balanços corporativos acima do esperado.  

O Bitcoin (BTC) se recupera do mergulho na sessão anterior e avança 3,2% nas últimas 24 horas, para US$ 19.763,28, segundo dados do CoinGecko.  

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Em reais, o Bitcoin dá um salto de 3,2%, cotado a R$ 103.700,65, conforme o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) ganha 3,3%, negociado a US$ 1.329,27. A segunda maior criptomoeda atingiu um “marco pós-Fusão” nesta semana, ao se tornar deflacionária pela primeira vez desde que a blockchain migrou para o sistema de prova de participação (PoS, na sigla em inglês). 

Isso quer dizer que mais tokens foram queimados na validação de transações do que criados, uma redução de 0,13% na oferta na última semana, de acordo com relatório da corretora Coinbase citado pelo CoinDesk

Entre os destaques de alta está o Huobi (HT), token nativo da corretora de mesmo nome, com valorização de 4,4% nas últimas 24 horas e de 80% em sete dias.  

O fundador da blockchain Tron, Justin Sun, disse à Bloomberg que possui “dezenas de milhares de tokens Huobi”. Sun afirmou que quer impulsionar ainda mais a moeda digital agora que se tornou conselheiro da exchange, que será comprada pela About Capital Management. O empresário voltou a negar ter adquirido uma fatia no negócio. 

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Dogecoin, token que costuma oscilar com notícias sobre o bilionário Elon Musk, um de seus defensores, sobe 4,4%. O dono da Tesla, em vias de comprar o Twitter, está sendo investigado por agências federais nos EUA, disse a rede social em um documento judicial, segundo a Reuters

A investigação se daria devido à conduta de Musk durante o errático processo de compra da rede social, segundo documentos apresentados pela plataforma à corte que investiga o caso. Não foi revelado qual agência federal estaria por trás da análise. Alex Shapiro, um dos advogados do bilionário, disse à Reuters que a investigação é um “equívoco” e que seriam os executivos do Twitter que deveriam ser investigados.

E a Binance anunciou que irá deslistar quatro criptomoedas que “não atendem mais aos padrões” exigidos pela corretora a partir do próximo dia 24: District0x (DNT), New Bitshares (NBS), Bitcoin Gold (BTG) e Token Club (TCT). 

Outras altcoins também registram ganhos nesta sexta, entre elas Binance Coin (+3,1%), XRP (+8,7%), Cardano (+5,6%), Solana (+5,1%), Polkadot (+5,3%), Shiba Inu (+7,3%), Polygon (+9%) e Alavanche (+6,6%).  

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Bitcoin hoje 

relatório de inflação ao consumidor nos EUA divulgado na quinta-feira (13) trouxe dados que ficaram acima das expectativas de economistas. Tanto o IPC em 12 meses (8,2%) quanto o núcleo do índice (6,6%) de setembro estão no maior nível em 40 anos. 

Após o mergulho dos índices acionários, que foi acompanhado pelas criptomoedas, as bolsas deram um giro drástico. O chamado índice Tick, que compara o número de ações em alta em relação aos papéis em queda em um momento dado, chegou a marcar 1.900 negativo, mas depois deu um salto para 1.900 positivo. Nunca o mercado havia registrado uma oscilação tão extrema em ambas as direções em um dia, de acordo com dados da Bloomberg acompanhados desde 1990. 

Traders e analistas ainda tentam entender o motivo de tal reversão, mas dão algumas pistas. “Muito disso tem a ver, por falta de uma palavra melhor, com a mecânica do mercado, o fato de que há mais dinheiro de curto prazo no mercado, há mais dinheiro que se movimenta com base em algoritmos, estratégias quantitativas. E a qualquer momento você pode ter gatilhos que podem causar um (giro de) 180 no meio do dia”, explica Liz Ann Sonders, estrategista-chefe de investimentos da Charles Schwab & Co. 

Baixa volatilidade  

Mark Connors, pesquisador-chefe da empresa canadense de ativos digitais 3iQ, destacou que o desempenho das bolsas ontem (13) não muda o cenário econômico e de investimentos. “Nada foi resolvido, exceto que a inflação está mais persistente do que o esperado.”, escreveu ao CoinDesk, embora tenha destacado como positiva a menor volatilidade do BTC e do ETH em um dia tão turbulento. 

Mas há quem veja riscos nessa tendência de baixa volatilidade, principalmente devido ao menor volume, atualmente em torno de US$ 47 bilhões diários comparados a US$ 100 bilhões no começo do ano, de acordo com dados do CoinMarketCap. “Por isso, embora a baixa volatilidade talvez seja uma indicação de que o Bitcoin esteja se tornando mais tedioso e menos ‘contrário’, baixa volatilidade e baixo volume podem não ser algo bom para o Bitcoin”, avalia Yassine Elmandjra, analista da ARK Investment Management, em entrevista à Bloomberg. 

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Outros destaques das criptomoedas

O Carrefour está expandindo o número de caixas eletrônicos de criptomoedas em suas unidades, em parceria com a Coin Cloud, que possui mais de 5.800 máquinas instaladas no mundo. A iniciativa é da Carrefour Property, unidade de negócios da varejista no Brasil que atua na gestão e desenvolvimento do portfólio imobiliário da rede. 

Até o fim de outubro, cinco novos caixas eletrônicos serão instalados nas galerias do Carrefour Property nas cidades de Curitiba, Porto Alegre e Recife. No estado de São Paulo, Sorocaba e São José do Rio Preto também foram contempladas com um caixa em cada município.   

A 99Pay, carteira digital da 99, anunciou que os clientes podem agora comprar Bitcoin e outras criptomoedas com apenas R$ 1. Antes, para adquirir BTC, o mínimo necessário era de R$ 10. De acordo com a companhia, o objetivo é “democratizar serviços financeiros digitais de forma simples e descomplicada”. 

A exchange descentralizada Uniswap Labs levantou US$ 165 milhões em uma rodada da Série B, o que avaliou a empresa em US$ 1,66 bilhão, informou a Bloomberg. Segundo a Uniswap, é uma das maiores rodadas de financiamento para uma empresa de criptoativos desde a desaceleração do mercado no início do ano. 

A BlockTowergestora de ativos com foco em criptomoedas, lançou um braço de venture capital com um novo fundo de US$ 150 milhões para apoiar projetos de finanças descentralizadas (DeFi) e de infraestrutura de blockchain, segundo o The Block. O fundo opera em sigilo desde dezembro e conta com o BPI France e a MassMutual entre seus financiadores. 

Com os desafios enfrentados pelo setor de mineração de Bitcoin, a Binance Pool lançou um projeto de empréstimo de US$ 500 milhões para mineradores públicos e privados, informou o CoinDesk. Os mineradores precisarão oferecer garantias na forma de ativos físicos ou digitais para o empréstimo, que terá duração de 18 a 24 meses. 

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A empresa de investimento cripto NYDIG demitiu cerca de 30% dos funcionários em setembro, conforme o Wall Street Journal. A NYDIG notificou cerca de 110 pessoas sobre as demissões em 22 de setembro, de acordo com a reportagem. Os cortes visam reduzir despesas para o foco em áreas-chave do negócio. 

A Blockchain Academy, braço de educação financeira do MB, em parceria com a edtech Gama Academy, preparam a próxima Feira de Recrutamento – Cripto Dev, evento voltado para profissionais de RH e gestores de tecnologia que tem como objetivo de contratar desenvolvedores, segundo o Portal Making Of. A feira online acontece entre os dias 18 e 20 de outubro, com entrevistas realizadas por meio de um escritório virtual no metaverso. Para participar da feira, empresas interessadas devem se inscrever aqui até 16 de outubro. 

Amanda Wickex-diretora de assuntos jurídicos da Chainalysis, fundou a The Association for Women in Crypto, uma organização sem fins lucrativos dedicada a mulheres que buscam mais voz no universo cripto, de acordo com o The Block. A associação planeja aprimorar o conhecimento e a educação em torno dos criptoativos, “enquanto avança oportunidades para mulheres e o papel que elas desempenharão no futuro das finanças digitais”, segundo comunicado do grupo. 

Regulação, CBDCs  e Cibersegurança

Apesar do ambiente regulatório ainda incerto, diversos grandes bancos esperam uma oportunidade para começar a investir em ativos digitais. “Estamos vendo mais empresas de finanças tradicionais e avessas a risco entrando nesse espaço [de criptomoedas]”, disse ao Decrypt o CEO da Coin Metrics, Tim Rice, durante a conferência Chainlink SmartCon. “Elas se preocupam muito em entender como mitigar seus riscos.” 

Mas outros gigantes continuam reticentes. Em evento do Instituto de Finanças Internacionais (IFF), o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, voltou a criticar os criptoativos, novamente usando o termo esquemas “ponzi descentralizados”. O banqueiro destacou as atividades ilícitas no mercado de criptomoedas, mas afirmou que a tecnologia blockchain, por outro lado, pelo menos tem certos aspectos “reais”. 

Um cliente da corretora de criptomoedas FTX descobriu uma falha que lhe permitiu criar 100 milhões de tokens XEN Crypto (XEN) a custo zero. A ação do usuário foi chamada de “ataque de roubo de gas”. De acordo com o jornalista Colin Wu, do Wu Blockchain, esse ataque é possível porque, embora os saques na FTX sejam isentos de taxas, a corretora não impõe restrições no limite de gas das transações de saque (gas é o nome das taxas de rede Ethereum, medidas em Gwei). 

Metaverso, Games e NFTs 

A LinkLei, uma rede social voltada para advogados com mais de 20 mil usuários, vai migrar da web2 para a web3, segundo o Valor. Para isso, a rede social vai emitir tokens com a figura da deusa Themis, símbolo da Justiça, e se transformar numa organização autônoma descentralizada (DAO, em inglês). 

A gestora de ativos de cripto CoinShares lançou um bot no Twitter para ajudar a precificar tokens não fungíveis (NFTs). O bot vai rastrear a popularidade e o nível de “raridade” dos NFTs para julgar o valor justo dos tokens, de acordo com o The Block

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