O Santander pretende entrar no mercado de criptomoedas nos próximos meses. A informação foi revelada pelo CEO do banco, Mário Leão, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. “A gente espera nos próximos poucos meses já ter definições a respeito disso, quem sabe na próxima divulgação [de resultados trimestrais], ou até antes”, disse Leão.
O banco anunciou seus resultados na quinta-feira (28); portando, o prazo dado pelo executivo para a entrada no segmento é de cerca de três meses.
Segundo o executivo, não é uma ação de resposta a concorrentes que também estão entrando no mercado, mas um reconhecimento de que as criptomoedas chegaram para ficar no cenário econômico mundial.
“A gente reconhece que é um mercado que veio para ficar, e não é uma reação necessariamente a concorrentes se posicionando, é simplesmente uma visão de que o nosso cliente tem demanda por esse tipo de ativo, então a gente tem que encontrar a forma mais correta e mais educativa de fazê-lo”, afirmou Leão ao jornal.
Essa não será a primeira experiência do Santander no ecossistema cripto. O portal Decrypt lembra que o banco lançou em 2018 a One Pay FX, um aplicativo de banco operacionalizado pela Ripple para permitir pagamentos internacionais.
Além disso, em 2019 um título de US$ 20 milhões que tem sua transações registradas de forma pública na blockchain Ethereum. Esse projeto começou em 2016 em um blockchain interna do Santander.
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Bancos abraçam as criptomoedas
A entrada do Santander no mercado é o mais recente episódio de uma corrida dos bancos tradicionais para o setor no Brasil, após anos sendo críticos às criptomoedas.
O Nubank anunciou no dia 11 de maio que iria começar a possibilitar a venda e compra de Bitcoin e Ethereum e já no dia 23 de junho estava com a ferramenta em funcionamento.
Já o BTG Pactual se encontra desde setembro do ano passado na fase de captação de cadastro para seu serviço de criptomoedas Mynt, sem anúncios oficiais sobre um cronograma de início de negociações.
Enquanto isso, a XP Investimentos, corretora brasileira com sede em São Paulo, pode abrir sua plataforma de negociação de criptomoedas Xtage para seus clientes já em agosto, com a listagem de Bitcoin e Ethereum.
Porém, existem exceções. O Itaú anunciou no dia 14 de julho que está lançando uma plataforma de tokenização no mercado, mas deixou claro que o produto não se trata de criptomoedas.
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