Imagem da matéria: Senado dá mais um passo para votar de projeto de lei das criptomoedas
Foto: Wikimedia Commons

O Congresso brasileiro deu mais um passo para a aprovação de uma legislação sobre criptomoedas. O Senado aprovou o Requerimento 2380/21 do senador Irajá (PSD/TO) para tramitação conjunta do PL 3825/19 (feito no Senado com base em três textos) e do PL 4401/21 (feito na Câmara dos Deputados pelo parlamentar Áureo Ribeiro).

Agora o próximo passo é o Plenário do Senado votar o texto consolidado. Feito isso, o projeto volta para a Câmara dos Deputados, onde será analisado também em Plenário. Caso seja aprovado, vai para a sanção do presidente.

Publicidade

Imbróglio processual

Em dezembro do ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2303/15, do deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), que regula o mercado de criptomoedas no Brasil.

O principal ponto do PL é que estabelece que um órgão fiscalizador que será apontado pelo Poder Executivo deverá dar autorização para a criação e funcionamento das exchanges e fiscalizar as operações das corretoras.

Esse projeto foi enviado para o Senado, onde o senador Irajá já tinha elaborado um texto com base em três projetos de colegas senadores, também regulando criptomoedas.

A expectativa era saber se o Senado acolheria integralmente o texto do deputado sem mudanças ou adições; se isso ocorresse, bastava o Plenário do Senado votar e enviar para o presidente.

Publicidade

Mas se o Senado quisesse fazer mudanças no texto, teria que mandar de volta para a Câmara aprovar.

O caminho percorrido acabou sendo o segundo. Irajá primeiro juntou os textos dos colegas, depois absorveu o PL de Áureo e agora coloca o pacote no Plenário do Senado. Aprovado, vai para a Câmara.

Definição de ativo virtual e exchanges

O texto do senador Irajá que agora irá para Plenário define como ativo virtual a representação digital de valor que pode ser negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para realização de pagamentos ou com propósito de investimento. Ou seja, são moedas negociadas exclusivamente pela internet, excluindo-se desta lista as moedas soberanas (emitidas por governos) e as eletrônicas.

No texto, o relator classifica a prestadora de serviços de ativos virtuais como a empresa que executa, em nome de terceiros, pelo menos um dos serviços: resgate de criptomoedas (troca por moeda soberana); troca entre uma ou mais criptomoedas; transferência de ativos virtuais; custódia ou administração desses ativos ou de instrumentos de controle de ativos virtuais; ou participação em serviços financeiros relacionados à oferta por um emissor ou à venda de ativos virtuais.

As diferenças nos textos

Apesar de ser muito parecido em sua grande parte com o PL da Câmara, o texto do senador Irajá tem particularidades significativas:

Publicidade
  • Torna um princípio a segregação patrimonial dos investidores (caso a empresa entre em falência ou recuperação judicial, o dinheiro dos clientes seria separado do da empresa e não seria usado para quitar dívidas fiscais, trabalhistas e com fornecedores).
  • Promove a isenção de impostos para mineração de criptomoedas feita com energia limpa.
  • Cria o cadastro de pessoas politicamente expostas.

BC como órgão regulador

Os PLs estabelecem que caberá ao Poder Executivo o órgão regulador do setor de criptomoedas. Todos dão como certo que o escolhido será o Banco Central, que já está muito ativo no tema.

Reportagem da Folha no domingo (20) afirmou que o Banco Central está considerando propor novas diretrizes para estabelecer uma fiscalização das transações com criptomoedas no Brasil, segundo conversa com banqueiros com o presidente da instituição Roberto Campos Neto.

VOCÊ PODE GOSTAR
Marcos Pasquim promove Mineradora Manah

Manah: Mineradora de ouro promovida por galãs da Globo é acusada de dar calote em investidores

Promovida por Márcio Garcia e Marcos Pasquim, a Mineradora Manah prometia pagar 3% ao mês aos investidores, mas agora está sendo acusada de calote no Reclame Aqui e nas redes sociais
CEO do MB Reinlado Rabelo em evento da CVM na USP

“A Bolsa é sim lugar de startups”, diz CEO do Mercado Bitcoin em evento da CVM

Reinaldo Rabelo participou do evento do “Tecnologia e Democratização dos Mercados de Capitais no Brasil”
simbolo do dolar formado em numeros

Faculdade de Direito da USP recebe evento da CVM sobre democratização dos mercados de capitais

Centro de Regulação e Inovação Aplicada (CRIA) da CVM vai a “Tecnologia e Democratização dos Mercados de Capitais no Brasil” com transmissão ao vivo no Youtube
Nathalia Arcuri falando em evento

Mercado Bitcoin e Nathalia Arcuri firmam parceria de conteúdo via blockchain

Mercado Bitcoin e Nathalia Arcuri firmam parceria via blockchain e promovem educação financeira de criptoeconomia gratuita