Quase metade das transações registradas na rede Ethereum não têm nada a ver com a compra de bens, serviços ou troca da criptomoeda, mostrou o Bloomberg em publicação na última quinta feira (26).
De acordo com o provedor de análise Elementus, 45% das transações no blockchain da segunda maior criptomoeda não tiveram nenhuma relação econômica.
Dentre os fatores que enchem a rede estão a criação desenfreada de endereços, a distribuição de recompensas, spams, e até mesmo as reorganizações de saldo realizadas por investidores — quando eles fazem isso, cada transação é registrada separadamente no blockchain.
“A criação de endereços nessas redes é gratuita e as taxas de transação estão baixas o suficiente para viabilizar um único usuário a enviar pequenos balanços através de centenas de transações”, disse à Bloomberg Lucas Nuzzi, diretor de pesquisa de tecnologia da Digital Asset Research.
As pools de mineração também criam muitas atividades de nenhum valor econômico. Quando um Ethereum é criado e distribuído pelo coletivo, são criadas várias transações, afirmou Max Galka, diretor executivo da Elementus Inc, provedor de análises.
Tokens obscuros no Ethereum
Spams também são um problema enorme. Segundo Glaka, uma série de tokens obscuros no Ethereum estão mostrando altos volumes de negociação e entupindo a rede.
Ele citou como exemplo o ‘FCoin’. Os usuários têm depositado tokens para se tornar aptos na votação de listagem do criptoativo e a maioria deles criam várias contas para poderem aumentar essa votação. Só isto é cerca de 19% de toda a rede, mostrou Glaka.
Transações envolvidas em tarefas domésticas nas bolsas respondem por apenas 7% na rede Ethereum, disse o executivo.
Embora o anonimato do blockchain seja um dos princípios fundamentais, a falta de transparência é vista por muitos como um obstáculo para uma maior aceitação por investidores institucionais, individuais e também reguladores.
Charlie Morris, que administra US$ 300 milhões para o Newscape Capital Group de Londres disse ao site americano:
“Se esse espaço não é uma brincadeira e é sério, as pessoas precisam saber mais sobre ele e analisar fatos. Se o dinheiro institucional entrar no Bitcoin, eles terão que entender [primeiro] o que estão comprando”.
Morris aproveitou e anunciou uma parceria com a ‘Elementus’ e que irá lançar uma nova plataforma no outono, o ‘Cryptocomposite.com’, como um novo esforço para desenvolver ferramentas analíticas para dados de blockchains.
Galka, que já foi trader no Credit Suisse Group AG e no Deutsche Bank AG, disse em uma entrevista por telefone à Bloomberg.
“Você está olhando uma pequena parte do blockchain através de um buraco de fechadura, e não está vendo o quadro geral. É muito difícil entender o contexto em torno disso. O que faremos é permitir que você obtenha a imagem completa”.
Transação de valor econômico
Anthony Di Iorio, cofundador da Ethereum, acredita que a distribuição das pools de mineração devem ser consideradas como transação econômica.
“Em parte, isso ocorre porque as taxas para enviar uma transação pela rede são baixas. Isto que estimula as pessoas a enviar cada vez mais”, disse Di Iorio, também por telefone, de acordo com o Bloomberg.
Depois de eliminar transações não-econômicas, Bitcoin e Ethereum parecem muito menores com base em relatórios de analistas de blockchain e exchanges.
Nic Carter, cofundador do Coinmetrics, calcula que o volume real de transações econômicas para o Bitcoin é de cerca de US$ 2 bilhões por dia, e do Ethereum US$ 700 milhões
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