Uma parceria firmada entre a corretora XP Investimentos e a gestora de criptoativos Hashdex visa permitir um acesso mais fácil de investidores a fundos que contam com criptoativos como o bitcoin em sua composição.
Essa possibilidade de investimento está disponível no cardápio da XP desde a última sexta-feira (26). O investimento parte de R$ 500 e se dá a partir do Discovery, fundo mais conservador da Hashdex.
De acordo com a gestora, o produto possui taxa de administração de 1% ao ano. No ano, a rentabilidade do fundo é de 14,42%.
O Discovery possui 20% de exposição aos ativos do Hashdex Digital Assets Index (HDAI). Os demais 80% do fundo Discovery são investidos em renda fixa, na forma de títulos públicos atrelados ao CDI. Dessa forma, garante-se ao investidor tanto uma proteção da maior parte do capital quanto permite que ele possa se beneficiar — ainda que minimamente — da valorização de criptoativos.
“Acreditamos que todo o investidor deveria ter uma porcentagem, ainda que pequena, de ativos digitais na carteira. O Discovery é uma ótima opção para quem quer começar a investir neste segmento e pode ser considerado como uma porta de entrada para este mercado. Com a parceria firmada com a XP, mais do que nunca, o investidor pode finalmente ter acesso a ativos digitais de maneira simples e inclusiva”, comenta Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, em comunicado à imprensa.
Até então, o acesso dos clientes da XP a investimentos em criptomoedas se dava pelos fundos mais agressivos da Hashdex. Nesse caso, o acesso é restrito àqueles com maior capital e poder de investimento.
O que é o HDAI
O HDAI é um índice criado pela própria gestora como uma referência ao mercado de criptoativos. Ele é distribuído pela bolsa americana de tecnologia Nasdaq.
O índice é composto pelas moedas digitais de maior representatividade no mercado, cuja configuração é atualizada a cada três meses. Na composição atual o bitcoin representa três quartos do índice — veja abaixo a lista completa:
- Bitcoin: 75,24%;
- Ethereum: 11,17%;
- Ripple: 3,44%;
- Bitcoin Cash: 1,83%;
- Bitcoin SV: 1,31%
- Litecoin: 1,21%;
- Binance Coin: 1,08%;
- EOS: 0,99%;
- Tezos: 0,76%;
- Chainlink: 0,71%;
- Stellar: 0,58%;
- TRON: 0,48%;
- NEO: 0,32%;
- Ethereum Classic: 0,30%
- Cosmos: 0,29%
- Dash: 0,29%
As criptomoedas, escolhidas por uma equipe de especialistas, são alocadas ou excluídas dessa carteira por critérios técnicos de elegibilidade:
- É negociado em uma bolsa que possua credibilidade;
- Possui custódia de padrão institucional;
- Está acima do piso mínimo de volume diário negociado; e
- Possui preço flutuante (i.e., seu preço não é atrelado ao valor de qualquer outro ativo).
Desempenho positivo
Dados divulgados pela Receita Federal indicam que, mesmo sendo um mercado volátil, o investimento em criptoativos pode ser um bom caminho para diversificar aplicações.
Isso porque a maioria dos fundos de investimento ligados a criptomoedas que contam com regulação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) tiveram desempenho positivo em maio e melhoraram o valor acumulado neste ano. Entre eles constam os fundos gerenciados pela Hashdex.
Em vários casos a rentabilidade apresentada foi superior à obtida pelo dólar e Ibovespa em 2020 — há fundos com rendimento superior a 80%, enquanto a Bolsa acumulou queda de 19,58% e o dólar valorizou 28,57%.
Além da Hashdex, há mais três gestoras no Brasil com fundos compostos em alguma medida por moedas digitais como o Bitcoin, todas com autorização da CVM: BLP, Vitreo e QR Capital.
Ao todo, os onze fundos mantidos por essas gestoras administravam em maio um montante de R$ 201,6 milhões, de acordo com a plataforma Mais Retorno.
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