Vítimas de trabalho escravo nas Filipinas
Imagem: Reprodução

Uma força-tarefa comandada pela Polícia Nacional das Filipinas (PNP) resgatou na última quinta-feira (04) na cidade de Mabalacat, província de Pampanga, mais de mil estrangeiros e filipinos vítimas de tráfico humano e trabalho escravo de uma organização criminosa que aplica o ‘golpe do amor’, usando como isca investimentos em criptomoedas.

As vítimas eram atraídas com proposta de emprego, mas assim que chegavam ao local tinham seus passaportes tomados pelos criminosos e assim começavam a trabalhar forçadamente e encarceradas.

Publicidade

“Com base na investigação, as vítimas resgatadas foram forçadas a trabalhar por pelo menos 18 horas por dia em uma indústria cibernética fraudulenta, vitimizando seus conterrâneos em investimento em criptomoedas”, disse a entidade em uma publicação

Golpe do amor

Em um vídeo compartilhado no Youtube, a capitã Michelle Sabino, do departamento de investigações de crimes cibernéticos da PNP, detalhou como os prisioneiros eram instruídos a agir. “Eles fingiam se apaixonar [pela vítima] por eles para conseguirem seu dinheiro. Eles conheceram as pessoas que enganaram no Facebook e em aplicativos de namoro”. 

De acordo com a PNP, as vítimas foram encontradas durante uma batida surpresa em uma empresa chamada Colorful and Leap Group Company, onde foram encontrados 1.090 pessoas de vários países — Hong Kong (1); Indonésia (173); China (307); Vietnã (423); Nepal (40); Malásia (27); Tailândia (6); Taiwan (2); Myanmar (12); bem como filipinos (172).

“Continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com outras agências para garantir que aqueles que se envolvem em crimes hediondos com estes sejam responsabilizados. Todos devemos nos unir nesta luta contra o tráfico de pessoas e ajudar a acabar com esta prática desumana”, disse o chefe da polícia, general Benjamim Acorda.

Publicidade

Os estrangeiros resgatados foram identificados e devem passar por uma série de documentações, para então serem deportados aos seus países de origem.

Outro caso semelhante foi divulgado no domingo (07) pela Associated Press (AP). Segundo a agência de notícias, autoridades indonésias libertaram 20 de seus cidadãos que foram traficados para Mianmar para trabalharem para golpistas de criptomoedas.

De acordo com a reportagem, os falsos recrutadores ofereciam empregos bem remunerados, mas, em vez disso, os traficavam para Naipidau, capital da Birmânia. Lá, eles foram forçados a aplicar golpes cibernéticos por meio de sites ou aplicativos de criptomoedas.

VOCÊ PODE GOSTAR
Criador do Twitter e da Square, Jack Dorsey em palestra no TED

Ganha força tese de que Jack Dorsey, criador do Twitter, é Satoshi Nakamoto

Tese aponta interesses do Jack Dorsey por criptografia e finanças alternativas e intensa participação nos primeiros anos do Bitcoin
Imagem da matéria: Elon Musk faz memecoins desabarem após abandonar nome ‘Harry Bolz’ no X

Elon Musk faz memecoins desabarem após abandonar nome ‘Harry Bolz’ no X

As memecoins associadas ao nome “Harry Bōlz” que Musk adotou no X despencaram após ele abandonar o apelido
Changpeng "CZ" Zhao, CEO da Binance

CZ doa R$ 570 mil para vítimas do golpe da LIBRA — e acaba recebendo mais do que doou

O fundador da Binance disse que doaria as criptomoedas adicionais que recebeu para apoiar as vítimas do golpe da Libra, promovida por Milei
Imagem da matéria: SEC vai parar de investigar o mercado de NFTs OpenSea

SEC vai parar de investigar o mercado de NFTs OpenSea

A SEC encerrará sua investigação à medida que muda de direção sob o governo Trump