O valor do Bitcoin (BTC) está na própria demanda do mercado pela criptomoeda. Essa é a visão do gestor de investimentos Howard Marks. Em entrevista ao Korea Economic Daily, o empresário falou sobre a criptomoeda e demonstrou uma mudança no seu posicionamento sobre o ativo.
No passado, Marks costumava criticar a tecnologia, dizendo que o criptoativo não tinha valor intrínseco. Ele chamou o Bitcoin de “moda” e chegou a compará-lo a uma pirâmide. Depois, ele disse que “não entendia muito sobre a moeda.
Agora, o bilionário aprecia a demanda crescente pelo Bitcoin. “Há muitas coisas que as pessoas querem e que não têm valor intrínseco”, disse o gestor ao portal coreano, que também elogiou a oferta limitada de moedas. “A oferta é fixada pelo código… então ela não pode se expandir muito, ao contrário do dólar, que pode ser impresso infinitamente”, pontuou.
Howard Marks não acredita na onda dos ETFs
O empresário americano não vê tanto valor nos ETFs, que são fundos de investimentos negociados na bolsa de valores. Para ele, os ETFs estão inflando o preço das gigantes da tecnologia, como a Tesla e a Amazon.
Ele acredita que essa valorização excessiva não vai se manter no longo prazo. O problema, nesse caso, é que os ETFs possuem as ações de várias empresas, como a Apple, a Amazon e a Tesla, mas não fazem uma seleção criteriosa sobre esses ativos.
Por enquanto, a subida no preço das ações destas companhias está sendo mantida pela entrada de capital. Porém, isso não significa que essas empresas valham tanto quanto estão cotadas nesse momento, afirmou o gestor ao Korea Economic Daily.
Isso acontece porque a entrada de capital nos ETFs está desproporcional, para Marks. “[Os ETFs] estão performando bem porque eles possuem demanda. Mas acredito que isso não vai durar para sempre”, alertou. “Ninguém está estudando essas empresas; […] eles estão apenas comprando o que está na lista”, disse o empresário ao jornal.
Howard Marks é cofundador e copresidente da Oaktree Capital Management, que é uma das maiores gestoras de investimentos de riscos do mundo. No site, a empresa alega que tem a custódia de cerca de US$ 148 bilhões (R$ 820 bilhões) em ativos.