“Vamos regular a interseção do Bitcoin com o mercado de câmbio”, diz Banco Central da Argentina

Órgão quer evitar a conexão da criptomoeda com o mercado de câmbio
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Foto: Shutterstock

O Banco Central da Argentina (BCRA) quer evitar a conexão do bitcoin com o mercado de câmbio. “Vamos regular a interseção do Bitcoin com o sistema de pagamentos e o mercado de câmbio”, disse o presidente do órgão, Miguel Ángel Pesce, em uma conferência na terça-feira (10).

Para ele, o bitcoin não é um ativo financeiro porque não está subjacente a nenhum ativo, não pode gerar qualquer rentabilidade, e que por isso deve ficar de fora de novas soluções para os meios de pagamentos. As informações são da Forbes, versão argentina.

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“O que vamos regular é o sistema de pagamentos em pesos por meio de mecanismos eletrônicos, que é nosso papel de regulador”, ressaltou o presidente, durante a  abertura do 3º Fórum de Finanças Digitais. O evento foi organizado pelo Instituto Argentino de Executivos de Finanças (IAEF). Com o tema ‘A Estratégia de Transformação Digital’, o evento teve início na terça e se encerra nesta quarta (11).

Alerta a pequenos investidores

Pesce também garantiu que o BCRA está trabalhando para alertar os pequenos investidores sobre riscos de investimento em criptomoedas devido à preocupações de que elas sejam usadas ​​para se obter ganhos indevidos, e principalmente de pessoas desavisadas ou pouco sofisticadas. 

“Bitcoin foi criado como um mecanismo de transação substituto para o dinheiro onde o Estado não cumpria uma função”, disse Pesce, acrescentando que por se tratar de um raro por natureza, faz com que seu preço suba e leva à confusão de que é um ativo financeiro.

Segundo o Infobae, Pesce ressaltou, porém, que tais fatores não afetam a instituição financeira central, salvo se “esses instrumentos sejam vinculados ao nosso mercado de câmbio, pois isso pode prejudicar o instrumento e a regulação da Central”. 

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Sistema de pagamento mais inclusivo na Argentina

Por outro lado, diz a Forbes, Pesce disse que estava confiante de que o sistema Transfer 3.0 — um um sistema de pagamento mais inclusivo, segundo o BCRA — estará totalmente operacional em novembro o que vai permitir total interoperabilidade entre os mecanismos de pagamento bancário e fintech em empresas com códigos QR ou outras formas de reconhecimento. Segundo ele, o que ajudará a reduzir o uso de dinheiro e a formalizar a economia.

Sobre a moeda digital do banco central (CBDC), Pesce ressaltou que a  digitalização avança muito forte e coloca muitos desafios tanto para o BCRA quanto para instituições financeiras. No entanto, ele garantiu que a ideia de criar uma moeda digital não está sendo avaliada e que, em vez disso, esperam que a interoperabilidade entre fintech e bancos seja o mecanismo para digitalizar o uso do dinheiro.